sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Cadeia pra essa turma

Dirigentes do Internacional procuraram Celso Roth. Queriam o gajo para um mandato tampão, segundo os jornalistas de lá. Incompetência e/ou burrice da atual diretoria do clube, pertinho da insanidade, levando em conta que o salário do Roth anda pelos R$ 400 mil e sua capacidade como treinador é discutível. Seguraram o Dunga com prazo de validade vencido, pagam a peso de ouro uma legião estrangeira que não joga, desestimulando a garotada e jogando no ralo o investimento na base. É fácil quando não é o dinheiro do cartola que está na roda. Esse Giovani Luigi, por tudo que já fez, além de deixar o time próximo do rebaixamento, deveria sair do Beira Rio direto para um camburão.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Salve-se quem puder

O caos está muito próximo, se é que ainda não chegou. Manifestações se espalham pelo país sem resposta à altura dos governantes, tanto para as justas reivindicações por melhores salários, condições de trabalho, educação de qualidade ou saúde ao alcance de toda a população, como para as badernas e para o vandalismo. Só se ouvem respostas tímidas e discursos distantes da realidade vivida hoje pelo povo brasileiro. Trabalha-se bastante por alianças espúrias visando a eleição de 2014, enquanto o Palácio do Planalto fecha as janelas para que seus frequentadores ilustres não vejam o que acontece nas ruas. O Congresso segue paralisado, imune à bagunça ampla, geral e irrestrita. As assembleias e o judiciário, em todas as instâncias, olham só para os seus umbigos, voltados para seus interesses que nada têm a ver com as necessidades da clientela chamada de povo. Recebemos médicos estrangeiros, enquanto os daqui, sem o o instrumental necessário, vagueiam feito almas penadas por hospitais e postos de saúde.  Professores invadem prédios públicos, a polícia bate no alvo errado, soltam os presos para aliviar a superlotação dos presídios,  no plano federal tem pão e circo, com bolsa para todos os gostos, e ministros voando pelas asas da FAB e hélices do SAMU. E ano que vem tem eleição e Copa.

Cartolices

Paulo Baier é o único quarentão que até aqui sobrou inteiro do desgastante calendário do futebol brasileiro. Seedorf, no Botafogo, Alex, no Coritiba, e Ronaldinho Gaúcho no Atlético MG, entre outros menos votados, não aguentaram o repuxo e ficaram pelo caminho, com lesões ou queda de rendimento. O meia do Atlético Paranaense, entretanto, não só continua em campo como segue com atuações espetaculares e fazendo gols. Já tem sete no Brasileiro e está a um gol do centésimo na era dos pontos corridos desta competição. Ao sair de campo domingo, depois de marcar os dois gols da vitória sobre o Coritiba, a declaração surpreendente e decepção para a torcida: Paulo Baier desabafou sua tristeza e inconformismo, informando que fora comunicado sobre sua dispensa no final do ano. Que jeito e que momento de dizer a um atleta, exemplo de talento e dedicação, que ele é descartável como qualquer pé de chumbo que não serve nem para gandula.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

De fiasco em fiasco

Tem gente que ainda defende a dupla técnico Dunga/presidente Luigi. Li hoje três conceituados colunistas da RBS salvando a pele do treinador do Inter. Há coisas que a nossa vã filosofia não alcança e uma delas é a postura da maioria dos jornalistas gaúchos. Parece que estão fazendo um "mea culpa" por terem criticado o jogador Dunga na Copa de 90. Os dois lados trazem para o presente um passado nada a ver com o que acontece hoje. E o presente é um clube grande como o Internacional a mercê da incompetência dos dirigentes e casmurrice de um treinador que não consegue montar um time em todo esse tempo a beira do campo. A crônica esportiva do RS já foi bem melhor. Sei o que digo porque dei na Zero Hora meus primeiros passos no jornalismo, quando a opinião era isenta, independente de cores clubísticas. Os gremistas guiados pelo inconsciente (ou não) escrevem sugerindo o "fica Dunga", os colorados têm medo de dizer e escrever o que pensam. Enquanto isso, acontecem as derrotas e empates para adversários de pouca expressão ou de qualidade inferior. Ninguém mais respeita esse Inter que se esconde atrás de desculpas esfarrapadas, como desgaste dos jogadores - o campeonato é igual pra todos - falta do Beira Rio (Caxias era longe, foram pra Novo Hamburgo, não deu certo, volta pra Caxias), uma frágil cortina de fumaça na inútil e cínica tentativa de esconder os verdadeiros motivos da fiasqueira nacional.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O Inter a perigo

Olha o rebaixamento aí, gente. Quatro vitórias nos últimos 17 jogos, incluindo Copa do Brasil, rodadas e rodadas do Brasileiro paradinho em quinto lugar com 34 pontos, agora ultrapassado por Atlético Mineiro e Vitória, aproximação de Fluminense, Santos e Goiás, um ponto atrás, o Bahia com 32 e mais três clubes com 31 pontos, incluindo a Portuguesa. Em 24 rodadas são apenas oito vitórias, dez empates e seis derrotas, com 36 gols pró, 34 contra. Próximos jogos contra três cariocas: Vasco e Flamengo no Maracanã, Fluminense em casa. Por falar nisso, o domicílio era Caxias. Muito longe,  reclamaram Comissão Técnica e jogadores. Vieram pra perto, Novo Hamburgo, um fiasco atrás do outro. Essa é a absurda situação do Internacional nas mãos doo Dunga e uma diretoria completamente paralisada pela burrice, incompetência, falta de  visão e teimosia. A distância para a zona de rebaixamento diminui cada vez mais - só nove pontos - e a eliminação da Copa do Brasil está bem próxima. Basta perder para o Atlético no Paraná por qualquer placar ou empate de zero a zero. O título brasileiro? Ninguém lembra mais, o último foi em 1979 e o deste ano virou miragem.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Vade retro

Retrospecto do treinador Dunga: três vitórias nos últimos 15 jogos. Irônico, debochado, ainda tem a cara de pau, agora disfarçada com barba, de fazer pouco da torcida e da mídia. Mídia que, com as exceções de sempre, vive botando panos quentes na situação vexatória do Internacional. Dirigentes estão esperando o time começar a lutar pela fuga do rebaixamento no Campeonato Brasileiro e eliminação da Copa do Brasil para mandá-lo embora.  Bons jogadores e comissão técnica de seleção brasileira não salvarão o Internacional do desastre em mais uma temporada.

sábado, 21 de setembro de 2013

Aí tem

Vou construir outra arca, mas com fiscalização da obra e com empreiteira confiável. Já passei por várias enxurradas, algumas bem menores do que a deste fim de semana, perdi pneu, aro, mas felizmente consegui evitar acidente. Tudo graças a essa pavimentação porca que fazem na cidade. Aqui no Rio Tavares, onde moro, o asfalto cheio d'água encobre buracos imensos e a minha rua (Manoel Isidoro Augusto),lajotada recentemente, em alguns pontos está cedendo, em outros desabando Por que as obras públicas beiram à indecência e à vigarice? Por que os administradores públicos se submetem a empreiteiras cujos proprietários não têm o menor compromisso com a população e não cumprem os contratos que assinam. Aí tem, e a gente sabe o quê

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

É ele, é o Valdir

Valdir Walendowski atual presidente da Santur, vai assumir a Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte. Valdir já passou por esta pasta em 2010 na gestão Pavan e volta ao posto em substituição a Beto Martins, que dia 30 deixa o cargo para trocar o PSDB pelo PP e candidatar-se a deputado estadual na próxima eleição. Fará dobradinha com Joares Ponticelli, que tentará uma cadeira na Câmara Federal. Valdir Rubens Walendowsky, 59, nasceu na cidade de Brusque (SC), cursou Engenharia Civil na Fundação Regional de Blumenau (FURB) e Administração de Marketing na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Na Prefeitura Municipal de Brusque, iniciou sua atuação no Turismo, área que conhece bem, e agora é chamado pelo Governador Colombo para dividir suas atenções com a cultura e o esporte. Parece que bons conselhos sensibilizaram Raimundo Colombo  ao ponto de pedir bis a este homem que será o quinto secretário a passar pela SOL. Ruim com ele, pior com um cogitado ex-prefeito de São José, nada a ver com esta  secretaria tão importante, além de ter-se enredado num passado recente em um rumoroso caso policial.  

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Alô prefeito

Falando em turismo e de turista, minhas angústias têm a ver também com meu grande sonho de consumo em Florianópolis, um lindo parque na via expressa, logo após o túnel. Antes que aquela área vire um grande muquifo, com garagem de ônibus, camelódromos, passarelas de samba para utilização anual, centro de convenções - moeda de troca para um sonegador de impostos -, lanchonetes suspeitas, estacionamentos para carros e vendedores de bugigangas.

Abaixo o turismo, fora o turista

Essa turma do "nada pode" precisa viajar um pouco para ver como se faz turismo em outras regiões do país, e mesmo no exterior. Simplesmente proibir bares na praia, em frente ao mar, e mandar demolir tudo, não tem nada a ver com desenvolvimento sustentável. Em Florianópolis tem praias onde não é possível nem tomar água ou aproveitar uma sombra. Comer alguma coisa a beira mar, então, impensável. Passarelas de madeira para evitar a areia escaldante e facilitar o acesso à praia é intolerável para os eco-insuportáveis ou os que veem ameaça ao meio ambiente em qualquer ação que possa beneficiar o turista.O lugar pode ser "luxento" ou não. O importante é não prestar bons serviços à população local e aos turistas que nos visitam e não querem só paisagem.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Às ruas, já

Os petistas dizem isso, os adversários do governo dizem aquilo, na defesa ou acusação dos mensaleiros, colocado assim de forma simplista. E o povo, enfim, quem não é PT nem adversário, diz o quê? Fica passivamente assistindo e ouvindo aqueles emproados e seus emaranhados jurídicos, até a próxima bandalheira, o próximo assalto aos cofres públicos, seja de que lado for o Ali Babá de plantão? Cadê o outro mensalão, aquele dos que hoje atiram pedras como oposição? Estamos cansados de tanta firula jurídica em benefício de bandidos. O diálogo entre Celso de Melo e o jurista Saulo Ramos é emblemático e revelador. Como canta Caetano, de perto, ninguém é normal.
O que dizia o ministro Luiz Barroso, aquele que não precisa ouvir a voz das ruas nem o que divulga a mídia: "O poder de juízes e tribunais, como todo poder político em um Estado democrático, é representativo. Vale dizer: é exercido em nome do povo e deve contas à sociedade. Embora tal assertiva seja razoavelmente óbvia, do ponto de vista da teoria democrática, a verdade é que a percepção concreta desse fenômeno é relativamente recente. O distanciamento em relação ao cidadão comum, à opinião pública e aos meios de comunicação fazia parte da autocompreensão do Judiciário e era tido como virtude. O quadro, hoje, é totalmente diverso".

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Embargos infringentes

Quando for demitido por incompetência e malversação dos recursos do clube, mesmo depois de prolongadas sessões e entrevistas de diretoria com votos ininteligíveis e extensos em sua defesa, apesar das evidências e dos protestos da nação colorada, Dunga pode recorrer a alguma instância superior. Ao menos para recuperar seu prestígio e continuar no mercado, seja qual for. O PT, Partido da Tunga, aquele que no esporte vira e mexe abriga enganadores de nações inteiras de fiéis torcedores/ eleitores, está sempre atento para proteger seus filiados. São muitos espalhados pelo país em instituições conhecidas como clubes de futebol, pagos mensalmente a peso de ouro, com recursos arrecadados através de contribuições sociais e  nas bilheterias por um bando de inocentes que não imaginam o tamanho da enganação que sustentam. Dada a sua dimensão, as folhas de pagamento, são entendidas, como grandes mensalões esportivos, bocas imensas alimentadas pelo dinheiro público. Tudo sai do bolso do trouxa do torcedor, cidadão que, dependendo do estatuto, ou regimento interno, como queiram, elaborado por um bando dos espertos, democraticamente vai às urnas a cada troca de mandato, mas a quem não é permitido nem protestar. É chamado de passional e ainda apanha da polícia quando resolve pedir seu voto de volta reclamando na distância das arquibancadas, verdadeiros tribunais do povo. Para quem odeia o julgamento popular, falam mais forte o jogo de interesses e a blindagem das tais instâncias superiores, aquelas que vestem a toga da  impunidade.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Mais um alienígena na SOL. Que vergonha, Governador

Segundo o companheiro e colunista político Moacir Pereira, a bancada do PSDB está indicando Gervásio José da Silva, ex-prefeito de São José e ex-deputado federal, para a Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte, popularmente conhecida como SOL (está mais para uma grande nuvem negra). O Governo Colombo parece que não respeita mesmo os segmentos embutidos nessa importante secretaria, optando por arranjos políticos injustificáveis, a não ser por interesses que prefiro não explicitar. Com a saída de Beto Martins, que troca o PSDB pelo PP, para fazer dobradinha com Joares Ponticeli - deputado estadual/federal, a SOL vai para o seu quinto titular. Juro que pesquisei no currículo do Gervásio algum contato com a cultura, o turismo ou o esporte. Neca, nada que ligue este senhor a alguma coisa parecida com o que vai administrar, confirmada esta sinistra informação. Sei que tem muita gente que concorda comigo, inclusive no Conselho Estadual do Esporte, do qual faço parte orgulhosamente como representante da Associação dos Cronistas Esportivos. No entanto, por razões que a nossa vã filosofia não alcança, o silêncio é quase total. O entra e sai na SOL vai continuar impunemente.

Um helicóptero, por favor

Perguntinhas às nossas autoridades que "organizam e fiscalizam" (?) o trânsito: até quando vamos aguentar o trevo do Rio Tavares e o cruzamento da Osni Ortiga com a Av das Rendeiras? Polícia Rodoviária Estadual, Polícia Militar e Guarda Municipal (afinal, qual é o limite de atuação desta guarda?) seguem ignorando estas duas grandes tranqueiras da cidade. Como as obras da ciclovia da Lagoa andam a passo de cágado, o cruzamento com as Rendeiras e a passagem no trevo do Rio Tavares funcionam na base do vai-quem-quer, vai-quem-pode, por onde os moradores vão sair no verão? Acho que só de helicóptero, se o Governador emprestar o dele para estabelecer uma linha regular ligando Lagoa/Rio Tavares e proximidades com o resto da cidade.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A casa do Ali Babá

A Câmara Federal salvou o couro de um ladrão que está condenado por corrupção e preso. Saiu do plenário, do que chamam de Casa do Povo, e voltou para a cadeia, algemado e no camburão. Os paladinos da honestidade e seus comparsas de todos os partidos estavam lá, participando da patifaria. Ou então se omitindo, convenientemente. Querem o meu voto? Nunquinha, nunca mais serei conivente com essa bandidagem. E não me venham com aquela arenga que "democracia é assim", "ruim com partidos, pior sem eles". Isso que está aí não me serve, não me interessa. Agora voltaram com o discurso do fim do voto secreto para processos de cassação. É conversa mole e velha. Quero voto aberto para tudo. O resto vocês enfiem naquele lugar.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O futuro a Deus pertence

A propósito de dramas esportivos, não conseguimos sede da Copa para Santa Catarina. Que tal, então, uma candidatura aos Jogos Olímpicos de Inverno? São Joaquim e região já têm a neve. As estruturas esportivas e turísticas são só um detalhe, coisinha pouca e fácil de resolver. Sabemos que o público e o privado, com a visão de futuro e planejamento que lhes é peculiar, como comprovam os turistas que nos procuram, já demonstraram capacidade suficiente para tratar do assunto. Não devemos nos preocupar com os 25 anos pra recuperar a ponte Hercílio Luz - serviço inacabado -, os anos de debates, sugestões, projetos e conversa mole sobre mobilidade urbana, quarta ligação Ilha/Continente e transporte marítimo. Ah, e aquele trambolho chamado de câmeras de monitoramento. Descobrimos que a imagem não presta e não há quem as monitore. Paciência, não levem em conta o roubo de bustos e monumentos. Isso é com a Guarda Municipal que ainda não sabe se foi criada para cuidar do trânsito ou do patrimônio público. A turma aguarda em casa enquanto a discussão não termina e só sai para cumprir tabela e multar das oito ao meio dia e das duas às seis da tarde. Se não chover. Mas, qual era mesmo o assunto?

O resultado da impunidade

Corintiano preso em Oruro voltou ao Brasil em tempo de se envolver na briga de torcidas nas arquibancadas do Mané Garrincha no jogo entre Vasco e Corinthians sábado. Parabéns a todos aqueles que trabalharam  para a libertação dos criminosos que, de uma forma ou de outra, contribuem para tumultos e assassinatos nos jogos de futebol. Fica sempre o dito pelo não dito e os bandidos travestidos de torcedores à solta. Aquele menor que aceitou ser o laranja no episódio que provocou a morte de uma criança também é tão bandido quanto, mas no Brasil é protegido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Aliás, até hoje não temos respostas para perguntinhas básicas: o que fazem da vida esses baderneiros assassinos que podem passar uma semana fora do país para assistir jogos internacionais e são recebidos na volta como heróis? Quem os financia?

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Papo sobre cangurus, politica e futebol

Estávamos quinta-feira eu e o amigo JB Telles conversando ao almoço na Lindacap quando fiquei sabendo da viagem do Telles a Brasília no dia seguinte. O JB faz, há tempos, um trabalho para a CBF de credenciamento nos jogos da seleção brasileira. Dia 7 de setembro o time do Felipão vai enfrentar a Austrália, no estádio Mané Garrincha, no Distrito Federal, e aí nos lembramos de um expert sobre a terra dos cangurus, o amigo e também jornalista, César Valente. Ele está em Perth com a mulher Lúcia para, além de gozar as delícias do ócio em merecidas férias, lamber o neto mais novo. Isso posto, e antes que o Felipão se adiante colocando no olimpo nosso futuro adversário, leiam as preciosas informações sobre política, futebol “y otras cositas mas” que o sempre atento César nos mandou.
(Perth é a capital e maior cidade do estado australiano da Austrália Ocidental. Com uma população de 1 650 000 habitantes (2009), Perth ocupa a quarta posição entre as maiores cidades do país, com uma taxa de crescimento consistentemente acima da média nacional. É também uma das metrópoles mais isoladas de todo o planeta e um importante centro comercial e industrial do país. Wikipédia) Tá longe pra burro nosso amigo César.

“Bom dia, amigos do esporte:

Provocado pelo JB Telles via tuíter, tirei um tempinho pra dar uma avaliada da expectativa australiana para o jogo do próximo dia 7 de setembro. E podemos começar pela data: enquanto no Brasil se comemora a Independência, na Austrália será o dia das eleições gerais, com renovação da câmara dos deputados e do senado e eleição do Primeiro Ministro. Trata-se, simplesmente, de definir quem governará o país.

E não será uma eleição morna, ainda que analistas tenham considerado que a campanha está fraca quanto aos seus temas. A disputa principal, pela chefia do governo, é entre o atual primeiro ministro Kevin Rudd, do partido trabalhista e Tony Abbott do partido liberal. Tem até um Partido Wikilieaks, com o próprio Julian Assenge como candidato a uma das cadeiras da câmara de representantes. Claro que ele só poderá concorrer se sair do asilo na embaixada londrina do Equador e voltar à Austrália. Mas, além disso, o partido está em crise: a segunda candidata, que assumiria caso Assenge não conseguisse aparecer, acaba de sair do partido, reclamando da falta de democracia interna. E um candidato do partido liberal teve que renunciar porque as piadinhas de mau gosto que publicou em seu site foram consideradas excessivamente ofensivas.

Ou seja, a eleição do dia 7 será o evento mais importante daquela semana.

Some-se a isso o fato de que o esporte mais popular não é o futebol jogado com os pés, mas uma variação do football americano. Sem aqueles capacetes e aquelas ombreiras protetoras, mas tão ou mais carregado de contato físico. No jornal de final de semana desta parte da Austrália onde me encontro, o The West Australian, farto noticiário sobre um escândalo de doping na Australia Football League (AFL) e um caderno de 12 páginas sobre os jogos da rodada só dessa modalidade. E sobre soccer (o nosso futebol), três matérias ocupam pouco menos de uma página (na página 113, pra ser mais exato) dentre as nove dedicadas aos esportes em geral. Uma dessas três fala do amistoso da seleção.

O correspondente do jornal no Rio, Michael Place, conta que Scolari está temeroso porque não sabe como os australianos vão jogar. Ele diz conhecer alguns jogadores que atuam na Europa, mas não sabe nada ou quase nada sobre o jogo da equipe australiana, que é conhecida como "The Socceroos". Esse nome está dentro da tradição australiana de criar abreviações: a rede de lanchonetes McDonald's, por exemplo, passou a chamar-se oficialmente Macca's, porque era assim que os australianos a chamavam. E The Socceroos mistura o nome do esporte (soccer) com a abreviatura de canguru (roos).

O pretexto da nota, claro, foi o anúncio da escalação da seleção brasileira. E pouco falam sobre a preparação dos Socceroos para o jogo contra o Brasil: "jogar contra equipes de qualidade será uma boa indicação da qualidade da nossa equipe". A grande preocupação do técnico australiano Holger Osieck será a montagem da equipe para o amistoso contra a França no dia 11 de outubro. O jogo será no mesmo dia em que a temporada australiana começa e os clubes resistem a ceder seus principais jogadores.

Só a título de curiosidade, listo os esportes que tem notícias no caderno de... esportes do jornal:

corrida de cavalo
atletismo
automobilismo
tênis
ciclismo
snowboard
soccer (futebol)
golfe
rugby
cricket (provavelmente o segundo esporte mais popular e este ano tem o The Ashes, que é o centenário torneio bianual entre Inglaterra e Austrália, realizado desde 1882)
e, de novo, football.

É isso. Como disse, não é bem a minha praia, mas já que perguntaram, procurei responder com os meios que tenho à disposição”.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

As novas Comendas do esporte catarinense


Cinco desportistas catarinenses receberam na noite desta quarta-feira a Comenda do Mérito Esportivo. A pessoa jurídica escolhida foi representada pelo Avaí, que completa em 2013 completa 90 anos de existência. Os novos comendadores são o tenista e professor da modalidade, Édison Heusi, campeão na primeira edição dos Jogos Abertos,o árbitro de futsal, José Acácio de Souza (Pepe), os ex-atletas e professores com trabalho de inclusão social, Rubens Fredel e Clóvis Gütz a professora e ex-dirigente da Fesporte,  Lilian De Fatima Pinto. A votação aconteceu no Conselho Estadual do Esporte, em sua sede de Florianópolis, com a presença de 17 conselheiros, e a solenidade de entrega da Comenda está marcada para o dia 4 de dezembro no auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Não penso, logo, não existo

O tal "cabeça pensante" que meus colegas da mídia esportiva vivem citando precisa existir a partir do túnel. Apenas dentro do campo não resolve. Lembro de dois exemplos bem próximos e reais: Dunga no Inter, e Adilson Batista ex-Figueirense, agora substituído pelo Eutrópio, homônimo de um historiador romano do século IV DC. Quem pode afirmar com segurança que um deles pensa? Ambos são raivosos, inseguros, arrogantes, prepotentes, só respondem a perguntas de repórteres com desaforos e nunca admitem seus erros. Homem assim não pensa.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O jogo da poltrona

Temos clássico amanhã e os clubes fazem questão de escondê-lo do torcedor. Ingressos caros, treinos secretos, escalações camufladas...Os treinadores e a cartolagem de Avaí e Figueirense pensam que ganham jogo afastando os times da torcida e da imprensa. Discutir o quê sobre o clássico? Depois reclamam que o espetáculo é mal divulgado. Primeiro não cabe à imprensa fazer a divulgação, mas sim aos clubes envolvidos. Não fazemos assessoria de imprensa nem marketing. Trabalhamos com a informação que nos é passada para transmiti-la ao telespectador, ouvinte, leitor. Segundo, depois desta invencionice de treinos fechados, relações de concentrados escondida, cultivo da desinformação, enfim, o torcedor perdeu o interesse pelo acompanhamento do noticiário do seu clube e vai ao estádio sem aquela empolgação provocada pelo envolvimento pré-jogo. Perguntem a qualquer pessoa da arquibancada se ela tem na ponta da língua a escalação do seu time. É um "profissionalismo" às avessas, com o endosso de dirigentes, comissões técnicas e assessorias de imprensa das agremiações. As estatísticas não mentem, o público está cada vez mais distante dos estádios e dos seus times do coração. Sem falar que ainda tem os sem noção que defendem jogos de uma só torcida. Querem justificar com isso suas incompetências como administradores, organizadores e, principalmente, como responsáveis pela segurança. Combatam a rivalidade e matem o pouco que ainda resta de interesse pelo esporte preferido no país. E entreguem de vez os que orgulhosamente vestem a camisa ao conforto da poltrona e do pay per view.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O feio, o sujo, o malvado, ou a mentira, o hospital e o governo

Matéria do Diário Catarinense de página inteira (pg. 30) e chamada de capa, do dia 2 de agosto, fez um retrato mentiroso sobre o Hospital Celso Ramos. O diretor daquela instituição, médico Libório Soncini, chegou ao cúmulo de dizer que o hospital não passa por nenhum problema, e que “está tudo sob controle”, que macas no corredor da emergência são ocasionais, “uma ou duas, mas não várias”, e por fim, nega que haja falta de medicamentos.
Então vamos combinar que o hospital Celso Ramos é realmente uma referência no estado e que, milagrosamente, sobrevive ao caos do sistema de saúde.
É o que um médico quer nos fazer crer pelas páginas de um dos veículos de comunicação mais importantes de Santa Catarina, tentando empurrar goela abaixo dos leitores informações falsas, desmentindo testemunhos, fotos da própria matéria, depoimentos de pacientes, publicações anteriores no mesmo jornal, e reportagens de outros veículos do grupo RBS.
Escrevo isso com a segurança de quem teve um parente com crise renal na emergência do Celso Ramos por quase 20 horas – da noite de um domingo, à tarde da segunda-feira – a mercê de um atendimento precário, em espaço reduzido, no meio da sujeira e de um amontoado de macas nos corredores. Ninguém me contou, eu vi, e já escrevi a respeito em postagens anteriores, revoltado com a situação do hospital e dos doentes que lá estavam. Flagrei gente em macas imundas, “comadres” usadas deixadas no chão, e limpeza feita com panos sujos, a vista de todos que lá estavam a espera de atendimento.
Não vou me alongar, o enfoque hoje é outro. Só gostaria de saber quem “encomendou” tal conteúdo, que de jornalismo tem muito pouco, mas de informações que não correspondem à realidade tem quase tudo. Até porque quem redigiu o texto talvez tenha se atrapalhado, quem sabe por não conhecer algumas regrinhas básicas da profissão. Repito, o que escrevi ninguém me contou, vi e senti pelo sofrimento daqueles pacientes submetidos à insensibilidade de um governo que teima em tapar o sol com a peneira.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Camisa de força pra essa turma

Um ex-presidente do Avaí com quem tive uma convivência pacífica, apesar das divergências, odiava ser chamado de cartola. Achava pejorativa a classificação. Com o passar do tempo e com a compreensão da atividade daqueles que dedicavam desinteressadamente parte da sua vida ao clube, até com prejuízo de seus afazeres profissionais, concordei com ele. 
Dedico hoje esse adjetivo pouco edificante aos que tiveram a genial ideia de pleitear a construção de uma arena em Florianópolis a ser utilizada pela dupla Figueirense/Avaí. Vão fazer o quê com a Ressacada e o Orlando Scarpelli? Enlouqueceram? Florianópolis precisa, em primeiro lugar, de um belo parque, que poderia ocupar o aterro da baía sul, após o túnel Antonieta de Barros. Do jeito que está, aquilo aos poucos vai virar um muquifo, cheio de prédios e obras estranhas, inexplicáveis. 
Queremos áreas verdes, de frente para o mar, com ciclovias, trilhas para caminhadas, equipamentos para esporte e para e os tais piqueniques (?) que o presidente do Avaí sugeriu fazer nesta invencionice da arena. Utilizado pela população, o parque ainda poderia ter, aí sim, uma arena para grandes espetáculos, shows, competições de alto nível com modalidades de quadra. A cidade tem isso? Claro que não. E quem for capaz da façanha se elege até presidente desta república de bananas. Com o meu voto. 
Mas a genialidade de cartolas e políticos prefere andar na contramão, fazer demagogia, gastar recursos que não temos, e com o desnecessário. Governador, Secretário de turismo, cultura e esporte, prefeito, vereadores, cartolagem sem noção, não caiam nessa esparrela de arena única. Um parque para essa cidade, pelo amor de Deus. Ou então camisa de força para todos.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Desafio

Para quem acha que está tudo azul na América do Sul, que tudo funciona, que temos segurança, saúde, educação de qualidade, enfim, uma recomendação: vivam o dia a dia do cidadão comum, passem no supermercado, matriculem seus filhos em escola pública, procurem atendimento nas emergências de hospitais públicos pelo SUS, ou até mesmo com planos privados de saúde, comprem remédio de uso contínuo, andem sossegados nas ruas de dia, de noite, tanto faz, descubram universidades funcionando a contento. Dilma, ministros, governadores, prefeitos, secretários, vereadores, tentem viver sem sobressaltos, sem a proteção e as mordomias dos cargos. Experimentem viver com aposentadorias do INSS depois de mais de 40 anos de trabalho. Falo trabalho, não emprego. Querem ver o que é bom pra tosse? Façam isso e parem com demagogias e mentiras, discursos vazios, promessas que jamais serão cumpridas.

Burrice tem limite

Os gênios da gestão do futebol no Rio Grande do Sul optaram por torcida única no Grenal do próximo domingo. O assunto está em discussão mas, em princípio, a Arena do Grêmio terá só gremistas, a torcida adversária ficará em casa, na frente da tevê ou escutando rádio. Essa bobagem já foi perpetrada aqui pela Federação Catarinense de Futebol e seus áulicos e deu em nada. Tiveram que voltar atrás em nome do bom senso. A cartolagem parece não se dar conta de que o sustenta o futebol é a rivalidade. É o discurso parecido de quem defende o fim dos campeonatos estaduais, uma besteira paquidérmica, bem de acordo com a cabeça de camarão dos que administram o o futebol no país. Qual é a graça de um clássico de uma torcida só? Se os jogadores fossem atuantes fora dos gramados e tivessem uma entidade que os defendesse de verdade essa besteira não iria adiante. Parte da responsabilidade cabe às autoridades de segurança que não se garantem e preferem tirar o bode da sala.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Copa do Mundo 10, saúde zero - II

"De quem é esse xixi aqui?" "Coletor, pra quê? Não sei onde está, se a pedra sair, joga no lixo". "Deixa a bandeja aí, a senhora vai vomitar de novo mesmo". Pela ordem, frases de uma atendente ao se deparar com uma coleta de urina sem identificação sobre o balcão, de outra ao ser solicitada para retirar uma bandeja suja, e de um médico respondendo à solicitação de um coletor para colocar a pedra que estava para ser eliminada por paciente com crise renal, conforme resultado do exame de ultrassom. Idoso vestindo apenas uma fralda vazada pediu para ir ao banheiro e não foi atendido por ninguém. Com muito esforço saiu da maca enrolado em alguns panos e foi ao banheiro para atender suas necessidades. São algumas situações testemunhadas por quem ficou por 19 horas e meia - das 21 horas de domingo às 16h30 da segunda-feira - na superlotada e imunda emergência do Hospital Celso Ramos, referência em atendimentos de urgência, mas porta do inferno, segundo a precisa definição de um médico que sabe do que está falando. Também vi parte desse descalabro, e mais: as ambulâncias do Samu ficam retidas por tempo indefinido a espera da devolução das macas utilizadas por seus socorridos. O diálogo que ouvi dos motoristas de duas destas ambulâncias é constrangedor, faria corar um frade de pedra. Gostaria que o diretor deste hospital quando viesse a público, não mentisse tanto ao tentar explicar o caos da sua instituição, como tem feito a cada vez que é entrevistado. Os fatos depõem contra qualquer tipo de justificativa e desmentem quem se atreve a tapar o sol com a peneira ou achar natural o mau trato aos enfermos. O povo sofre na mão de quem deveria zelar pela saúde pública.

Copa do Mundo 10, saúde zero

Quem quiser conhecer algo pior do que um hospital de campanha dirija-se à emergência do Celso Ramos. Superlotada, suja, eu diria imunda, atendida na entrada por gente sem um pingo de sensibilidade para entender as necessidades de parentes de pacientes internados, e a mercê da paciência de médicos e enfermeiros sobrecarregados de trabalho. Minha filha está lá desde as 21 horas de domingo com crise renal e até o meio dia de hoje estava a espera de um exame e do parecer de um urologista. No entorno estão outros pacientes com necessidades de atendimentos diversos. Em um corredor vi, por exemplo, um idoso deitado em uma maca suja de sangue da sua cabeça a espera de socorro desde o começo da manhã. Enquanto o hospital referência em emergência no estado oferece esse tipo de serviço aos cidadãos, a prioridade do governador Raimundo Colombo é atender bem uma comitiva da FIFA que vem a Florianópolis tratar de um evento preparatório para as seleções da Copa de 2014.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A máfia intocável


Amanhecemos hoje com mais confusão envolvendo ônibus e usuários. Teve um prefeito - não gosto nem de citar o nome do gajo - que prometeu abrir a caixa preta do transporte coletivo de Florianópolis. Parece que ele não encontrou a senha ou o segredo do cadeado. Nos seus dois mandatos o mentiroso e cascateiro não mexeu uma palha para cumprir a promessa. Em qualquer país sério uma investigação na sua administração botaria metade da cidade na cadeia. Fica tudo por isso mesmo e o povão continua a mercê do que em São Paulo a mídia está classificando como máfia do transporte público. 

Os prefeitos são reféns - não se sabe bem porquê, ou se sabe - dos donos das empresas que detém o direito de explorar o serviço desde que o mundo é mundo. Claro que que vamos passar por mais um prefeito sem solução para o problema. Só promessas de licitações e melhorias. Nada acontece e tome greve, com a culpa recaindo sempre nas costas de motoristas e cobradores. Eles é que prejudicam a população quando reivindicam melhores condições de trabalho e salários decentes. Outra coisa que não entendo é porque a nossa mídia não tenta ela mesma abrir a tal caixa que contém segredos tão escabrosos.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Capital turística?


Um pouco da incompetência e da cara de pau dos administradores públicos em fórmula antiga. Jogo de empurra, mentira, promessas, por aí. Foi o resultado disso que experimentei no final da tarde de terça-feira  em uma ida ao Aeroporto (?) Internacional (?) Hercílio Luz. Os problemas começaram no trajeto centro/bairro por causa de obras intermináveis ou postergadas "ad eternum". A desculpa do dia para a confusão no trânsito foi a maré alta. Não é porto, é aeroporto, mas tem essa. Polícia Rodoviária Estadual para dar uma amenizada no caos? Nem pensar, apesar do horário de fluxo intenso na região. Está ausente ou em local errado, ou ainda, simplesmente assistindo ao caos.

Lá dentro mais confusão e falta de respeito com o usuário. Escada rolante quebrada, fila imensa para os balcões da TAM, mais de 40 minutos para chegar ao atendimento em dois balcões de check-in e dois para de despacho de bagagem, um deles ocupado com o cartão fidelidade. No último caso se você enfrentasse outra fila imensa para utilizar as máquinas de check-in antecipado. Ou seja, das 18hs20m até às 19hs, a espera cansativa e irritante, graças ao desrespeito de uma companhia aérea livre de qualquer punição que foi comprada pela Lan Chile, que por sua vez está nas mãos dos chineses. E mais, embarque a partir de 19h10 para um voo com destino a São Paulo marcado para 19hs50m. Acomodação no avião mesmo, só a partir de 20hs55m. E a passageira Lena Obst com aquela paciência, que invejo e não tenho, para um atraso de quase duas horas. E não aceito a cantilena de que é assim em todo o país. Vivo aqui e não quero saber do quintal dos outros.

Na saída, outra surpresa: estacionamento aumentou para seis reais, com mais três por hora ultrapassada. Uma vergonha, um acinte, em um país que arrota capacidade para sediar grandes eventos e uma cidade administrada por gente que usa helicóptero e tem a cara e a coragem de chamá-la de "capital turística do Mercosul". Bagunça total em um aeroporto classificado como internacional e onde se paga R$ 21 por um lanche. Saudades dos tempos da Varig, Varig, Varig...

terça-feira, 16 de julho de 2013

Fraque e cartola na arquibancada

Bandas, charangas, instrumentos musicais, bandeiras, descamisados, desdentados, pobres, favelados ou não, gente do terceiro mundo, de um país essencialmente futebolístico e musical, tudo isso está sendo varrido das arquibancadas das superfaturadas arenas brasileiras. Principalmente, ou especialmente, daquelas administradas de agora em diante pelos consórcios que detém os direitos sobre nossas remodeladas praças esportivas. Tudo é proibido e proibitivo. O ingresso mais barato vai custar R$ 60 reais em média, muito distante do poder aquisitivo da grande maioria do torcedor brasileiro.

Então, esqueçam aquelas imagens do Canal 100 que gostávamos de ver no cinema em documentários que mostravam a cara do povão e as pernas dos jogadores em lances que conduziam o país a finais de semana de puro êxtase. Estão elitizando o futebol logo no Brasil, onde desde cedo se brinca com bola nos campinhos de pelada - poucos hoje, é verdade - de pés descalços, sem camisa. Como se já não bastassem as transmissões pela tevê de terça a domingo. Estão matando o futebol no criadouro, agora querem assassinar uma multidão apaixonada pela bola. Os bandidos, marginais - inclusive aqueles infiltrados entre os dirigentes -, baderneiros e traficantes é que devem ser afastados das arquibancadas, não o torcedor comum, que os proprietários das arenas pretendem ver uniformizados de fraque e cartola.
Novo uniforme do torcedor brasileiro

Cartões e cassetetes

O comentarista Neto não só mostrou o episódio no seu programa na Band como fez um escândalo sobre a injustificável agressão de policiais militares ao assessor de imprensa da Chapecoense, Diego Carvalho. O destempero de quem deve zelar pela segurança no estádio aconteceu no jogo entre Chapecoense e Joinville sábado, na Arena Joinville, com arbitragem toda de Santa Catarina. Coincidentemente o quarto árbitro, também dos quadros da Federação Catarinense, era o oficial da Polícia Militar, Jefferson Schmidt. 

Quem será que deu a ordem para a violência contra o jornalista mostrada no programa do Neto e reproduzida no site da Uol? A mim não interessa o que teria feito o profissional agredido. Nada justifica tamanha violência, testemunhada por populares e pela direção da Chapecoense. Não interessa, igualmente, se o jornalista é filiado à nossa associação de cronistas esportivos ou à do Rio Grande do Sul. O fato merece punição rigorosa aos agressores, devidamente identificados no vídeo, e ao comandante da operação. Podem ter misturado alhos com bugalhos, para ser mais claro, confundiram as funções de árbitro com a de um policial militar. Vai ficar por isso mesmo? Um árbitro e oficial da PM pode, ao mesmo tempo, usar os cartões para punir jogadores e o cassetete para agredir jornalistas?

http://esporte.band.uol.com.br/osdonosdabola/videos.asp?v=14593443 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Esporte e palavras


Se palavras e boas intenções levassem o esporte catarinense ao patamar que merece, o estado seria imbatível em competições de qualquer nível. A solenidade de terça-feira à noite, no lançamento da 53ª edição dos Jogos Abertos de Santa Catarina, programados para novembro, em Blumenau, foi pródiga em otimismo e avaliações positivas de presente e futuro. Expressões como instrumento de inclusão social, de saúde, educação e elevação do espírito esportivo com a prática do esporte desde a escola, marcaram presença em todos os pronunciamentos das autoridades. 

O cerimonial preferiu uma “estrela” da televisão para conduzir o evento no auditório Antonieta de Barros, da Assembleia. Não chamou ninguém   para falar pelos atletas, ou ao menos para representa-los como integrantes da mesa de autoridades. Afinal, na plateia estavam, além de outros esportistas, “olímpicos”  como o ex-ciclista e ex-presidente da FME de Blumenau, Marcelo Greuel, e o atual presidente daquela FME, o ex-marcha atlética, Sérgio Galdino. Parece que suas experiências como dirigentes de uma fundação esportiva importante (Blumenau tem 39 títulos em Jogos Abertos), e representantes do Brasil em Olimpíadas, não os credenciavam para dirigir umas poucas palavras aos presentes, entre as muitas que foram ditas por políticos e futuros candidatos na eleição de 2014.
Mesa do esporte sem atletas - Foto James Tavares/Secom
 Na eclética mesa que incluía dois desembargadores, falaram Vadinho, o presidente da Fesporte, o presidente da Assembleia Legislativa, Joares Ponticelli, o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, Beto Martins, o secretário de estado da Cultura, Turismo e Esporte e, por último, o governador Raimundo Colombo. Foi o único, aliás, com um discurso descontraído e cheio de boas histórias do seu tempo de atleta, a lembrar dos seus ex-parceiros de quadra e dos jornalistas esportivos, ali representados pelo presidente da Acesc, JB Telles.

Os grandes protagonistas dos Jogos Abertos, foram lembrados apenas nas homenagens anteriores aos discursos. Os blumenauenses Thiago Splitter e Romeu Iering ganharam do Conselho Estadual do Esporte, a medalha gran mérito. Lilian de Fátima Pinto, viúva de Edinho, atleta do futsal e um dos últimos presidentes da Fesporte, Janga, o funcionário mais antigo da instituição e Alva Pessi, viúva de Orlando Pessi (Torrado), homem do basquete, também estavam entre os homenageados da noite.