domingo, 30 de dezembro de 2012

Violência à romana


Estou surpreso com o envolvimento e o interesse de tanta gente nessa coisa estúpida chamada UFC disputada em um octógono. Voltamos à Roma daqueles tempos em que se jogavam cristãos aos leões e os gladiadores faziam o povo ensandecido vibrar com a violência e o sangue das lutas na arena. A diferença é o dedinho do Imperador de plantão, para cima ou encolhido na mão fechada, sinalizando para a morte ou vida ao derrotado. Que horror!!!

Corrigindo um erro histórico que o cinema consagrou

(O gesto que significava morte era realizado com o polegar para cima (nosso sinal de positivo, representando a espada desembainhada), e não com o polegar para baixo como não cansa de mostrar o cinema. O gesto que significava vida era feito com a mão fechada e o polegar oculto (representando a espada embainhada).  




Erro histórico nasceu neste quadro, Pollice Verso (1872), do pintor francês Jean-Léon Gérôme


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Mau uso do dinheiro público, praga nacional


Placas substituem operação tapa buraco

    

A Avenida Paraguaçu, ligando Rainha do Mar, onde passo as festas com a família, a outras praias gaúchas como Xangrilá, Atlântida e Capão da Canoa, tem mais crateras do que qualquer face da lua. É um perigo para qualquer desavisado andar à noite ou depois das enxurradas comuns nesta época do ano. É risco de vida e/ou de prejuízos matérias sérios caso uma roda do seu carro seja engolida pela buraqueira.

As ruas destes balneários, ainda cobertas por calçamento jurássico de pedras irregulares, não ficam atrás.O abandono é total provocando alagamentos, acúmulo de areia e muito buraco. Nem a proximidade da temporada sensibiliza os administradores das prefeituras de locais. A solução criativa e muito econômica encontrada por eles foi a colocação de placas sinalizando os buracos, ao invés de tapá-los.

O questionamento sem resposta ano a ano é para onde vai o dinheiro dos impostos. Para melhorias e atendimento das necessidades básicas dos veranistas é que não é. Entra temporada, sai temporada, e a situação não muda. E nós em Florianópolis ainda reclamamos da situação precária de algumas de nossas praias. A praga da incompetência, omissão e mau uso do dinheiro público é ampla, geral e irrestrita.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Marca Felipão

O Brasil só vai enfrentar campeões mundiais no primeiro semestre de 2013 até a Copa das Confederações. Começa em fevereiro, em Wembley, contra a Inglaterra, amistoso já marcado ainda na era Mano/Teixeira. Depois, a novidade: seguem a Inglaterra, de novo, mas no Maracanã em junho, Itália na Suíça, em março e em junho a França, no Mineirão.

Logo após ganhar a Copa Felipão sentiu que a seleção seria vendida por 30 dinheiros pela CBF, por isso deu no pé. Basta ver os adversários que o Brasil teve pela frente na sequência, cada um pior que o outro. O Mano Menezes aceitava tudo, Dunga ídem, mas com Felipão parece que o buraco é mais em baixo. Parece. Se vai dar certo, é outra conversa. O interessante é que a seleção de cara voltará aos braços do povo. Ave, Luiz Felipe Scolari.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Humanizar o centro da cidade? Nem pensar

Chopinho dos Dinossauros O Estado no Mercado vai ser difícil
Começou de novo a arenga da av Paulo Fontes. Parece que agora vai ser liberada definitivamente para automóveis, caminhões, ônibus e tudo que puder poluir o entorno do Mercado Público.

Vamos ocupar os já exíguos espaços nas calçadas (sobrou alguma?)para tomar um chopinho respirando monóxido de carbono e conversar ao som da barulheira de buzinas, descargas de motos e de automóveis.

Boulevard deve ser coisa pra francês ver e curtir. Aqui o pessoal tem ódio do mar. Quanto mais longe, melhor. De costas, então, melhor ainda. Por que não derrubam de uma vez o Mercado? Qual a sua utilidade? Enquanto nas principais cidades valorizam os mercados públicos, em Florianópolis se faz o contrário com esse tipo de espaço. Caminhar mais uns 200 metros ou fazer roteiros um pouco mais longos com o carro deve fazer um mal danado à saúde. Muito mais do que poluição ambiental, por ruído ou sujeira no ar. Bando de burros e preguiçosos

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A farra do kart empobrece nosso esporte

O povo não sabe quanto custa aos cofres públicos esta brincadeirinha de todo fim de ano. Em 2012 o Fundesporte e os atletas catarinenses perderão R$ 1.750,000,00 para o kart com mais uma edição do Desafio Internacional das Estrelas. A vítima mais recente, entre outras tantas, é a velocista Tamiriz de Liz, de Joinville, revelada nos nosso Jogos Escolares realizados pela Fesporte. A menina foi à Olimíada, ficou em terceiro no Mundial Juvenil e não mereceu um tostão do Fundo. Ela pediu apenas R$ 9.800,00, não levou nada do projeto aprovado pelo Conselho Estadual do Esporte.

E a farra do kart está aumentando. Fim de semana o Beto Carreiro entrou no circuíto com as 12 horas, evento para poucos privilegiados e sem projeto provado pelo Conselho. Quando custou, hein pessoal da SOL que, por sinal,  vive à sombra do desconhecimento, da omissão e da incompetência?

Nada contra o kartismo, mas tudo a favor do nosso atleta que traz medalhas e troféus para Santa Catarina, divulga o estado, gera emprego, e não ganha nem reconhecimento.

O Felipe Massa que vá se coçar na Ferrari e peça patrocínio para trazer seu circo para cá. O dinheiro gasto pelo governo estadual faz muita falta por aqui. Garanto que na fábrica de Maranello 1 milhão e 700 não faz nem cosquinha.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Dá-lhe Tite

Tite, campeão de quase tudo
Ele quase foi demitido na outra Libertadores depois da derrota para o Tolima e a eliminação precoce. Depois ganhou paulista, brasileiro, Libertadores e agora o Mundial. E ainda bem que o bandeirinha estava atento para o impedimento do Torres. Na única falha do Cássio o Chelsea ia melando a festa corintiana no finzinho do jogo. Tite passou Muricy, Luxemburgo, Abel, Felipão, e outros menos votados. Preparem as barricadas no aeroporto de Guarulhos.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Na onda

Ultimamente acordo assombrado por pesadelos com uma secretaria do governo Colombo, uma das mais importantes e uma das mais maltratadas. Falo da Secretaria da Cultura, Turismo e Esporte, conhecida pela sigla nada a ver, SOL.

Informações mais recentes dão conta que, após mais de ano jogado às traças, ou aos políticos oportunistas, o que dá na mesma, este importantíssimo segmento da sociedade vai merecer a atenção de um novo e efetivo secretário. Pelo menos até a próxima eleição.

A rádio corredor joga nos alto-falantes do Centro Administartivo o nome do atual e futuro ex-prefeito de Imbituba, José Roberto Martins, o Beto. É a velha prática. Perde a eleição lá, acomoda por aqui.

A seu favor os aliados de plantão, ou puxa sacos de carteirinha, como queiram, apregoam que o homem é do esporte. Pratica surfe, dizem. Muito bem, então o desporto catarinense está salvo. Prancha nele.

Mas, e a cultura e o turismo, como é que ficam? Quem sabe um cursinho à distância dá jeito? Também, depois de um tal de Celso Calcagnotto, o cão de guarda do gov. Colombo, qualquer coisa serve. Estamos pulguentos de tanto dormir com cachorros.

Obra pronta marromeno

Finalmente, depois de mais de seis meses de martírio ( e não foi pelos contratempos naturais de uma obra) a minha rua, a já conhecida Manoel Isidoro Augusto, Rio Tavares, está pronta, lajotada de cabo a rabo.

Claro, com as imperfeições esperadas de um trabalho feito aos trancos e barrancos, às vezes meio na marra, tantas foram as reclamações dos moradores e a pressão para cima de um em

preiteiro, digamos, mal preparado e mal assessorado.

Em alguns trechos já se notam os adensamentos de lajotas mal assentadas. Em outros falta o acabamento nas bocas de lobo. Enfim, ganhamos esta guerra, mas estou desconfiado que a batalha ainda não terminou. Meu amigo São Tomé não para de me assoprar o "só vendo para crer". Fui, mas posso voltar a qualquer momento em edição extraordinária.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Coisa de clube pequeno, caso de polícia

Campeón del bochorno

Tras los incidentes, con jugadores agredidos e intimidaciones con armas, Tigre no salió a jugar el segundo tiempo y la Conmebol le dio por perdida por 2-0 la final. San Pablo es el nuevo campeón de la Copa. Insólito.
  
Tigre perdía 2-0 pero no pudo terminar la final de la Sudamericana, que increíblemente le dieron por ganada a San Pablo. En el entretiempo agredieron al equipo: "Nos cagaron a palos", denunció Galmarini. "Hasta sacaron revólveres", agregó Gorosito. Vergonzoso.


 (Do diário argentino “Olé”, isento e nada passional)


Os argentinos estão saindo de vítimas de uma situação que eles mesmos criaram já a partir do primeiro jogo contra o São Paulo na Bombonera. O comportamento da delegação do Tigre no Morumbi, antes, durante e no intervalo do jogo, apenas confirmou a disposição de melar a inevitável conquista da Copa Sulamericana por um adversário muito superior.

A violência argentina iniciada em Buenos Aires foi trazida para São Paulo. É possível que dirigentes do clube brasileiro tenham exagerado em medidas restritivas e desnecessárias, mas em campo ficou evidente a disposição de um time de apenas jogar futebol e do outro de só promover o antijogo. 



Na verdade o Tigre miou, optou por fugir de campo já na saída para o vestiário com 2 a 0 contra e o prenúncio de uma goleada. Resultado de medo e covardia, sentimentos misturados aos atos de violência explícita no gramado, como a agressão ao meia Lucas, atendido fora do campo com a cara ensanguentada, fato ignorado pelo fraquíssimo árbitro chileno.


Não é assim que se faz uma decisão entre rivais históricos. A não ser quando um dos envolvidos é um clube pequeno como o Tigre, nada acostumado a grandes finais como esta contra o São Paulo. Boca ou Ríver cairiam “peleando”. O resto e caso de polícia.
 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Oba oba para um bando de irresponsáveis

Espero que o torcedor corintiano que foi a Nagoya para assistir o Mundial de Clubes não pense que está no Brasil. A mídia faz só oba oba e não fala sobre o problema, que é grave. Depois a embaixada tem que salvar a pele de malucos e irresponsáveis. Ou "bando de loucos", como gostam de se ser chamados. Lembrem da invasão daquela horda no aeroporto de Guarulhos que terminou em depredação. E é sempre assim quando o Corinthians joga fora de São Paulo. Os renomados midiáticos paulistas e cariocas, principalmente, acham tudo muito bonitinho e engraçado. 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Papai Noel não pode entrar na minha rua

Papai Noel este ano só de trator




(A não ser que ele troque de veículo)


Faz seis meses que levanto da cama na madrugada, de segunda a sexta-feira, para tirar o carro de casa e levá-lo para a rua de trás porque a minha está em obras. Ou deveria estar. Um dia sim, dois não, às vezes uma semana inteira, moradores da Manoel Isidoro Augusto, Rio Tavares, convivem com o que delicadamente vou chamar de atividade irregular. E ilegal, pelos últimos acontecimentos.

As placas da obra já estão cercadas de mato, denunciando o prazo ultrapassado em muito. A partir de junho o empreiteiro tinha 90 dias para concluir o trabalho. Entramos dezembro e tudo indica que vamos atravessar o Natal e fim de ano com pouco mais de 200 metros inconclusos. Agora os operários estão dedicados a atender particulares, isso mesmo, trabalhando para alguns moradores que, não se sabe como, engambelaram alguém na Secretaria de Obras da Prefeitura do ex-alcaide Dário.

O empreiteiro aumentou o número de trabalhadores com homens da sua confiança, os que fazem “bicos” para moradores mais espertos, enquanto o coitado que sobrou da outra turma, nos dias de ócio vive andando pela rua como um zumbi. Para piorar ele foi intimado a cavar com picareta a areia da própria rua para assentar as lajotas. A caçamba, por economia, não traz mais esse tipo de material, imprescindível para que daqui a pouco não dê chabú na lajotagem. Como já deu.

O resultado, óbvio, além da demora, é o pior possível. Uma fiscalização séria da Prefeitura recomendaria mais agilidade, a recuperação de vários trechos prontos (valeria esperar mais um pouco) e colocaria tudo em ordem, inclusive enquadrando esse empreiteiro picareta. Mas é querer demais de uma Secretaria entregue às traças, à vadiagem, e disposta a encerrar 2012 sem enxugar as mãos.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Vale a pena ver de novo



Sassá Mutema já tem. Quem será a Clotilde?

Faltou só o Zagalo para completar o time das Copas, comandado pelo Sassá Mutema, inesquecível personagem da novela Salvador da Pátria, incorporado no Felipão & cia. Deve ser esquecimento na seleção de elenco ou preparação para alguma homenagem mais adiante, tipo aquelas "in memoriam". Calma, Velho Lobo, sua hora vai chegar. 

O resto está lá, começando por Parreira e Felipão, este com seu fiel e bigodudo escudeiro, o Murtosa. Bigode por bigode tem ainda o Américo Faria. Experiência, experiência, pede o Marin. Lamentamos informar ao oitentão presidente da CBF que o Feola não tem mais jeito de chamar.

O melhor destes primeiros capítulos veio do Felipão – tinha que ser com ele -, quando disse que para aceitar o convite consultou familiares e jornalistas gaúchos. Parece que os companheiros do RS estão com peso nas escolhas, quem sabe até para a marca da erva mate e o tamanho da cuia.

Legal para o noticiário e para agitar o ambiente já de cara, é que o Felipão Scolari, gentil como só ele sabe ser, começou esculhambando a turma do Banco do Brasil. “Não querem pressão? Vão trabalhar no BB”, sentenciou nosso sutil treinador. Com a bala na agulha que tem o homem, nenhum dos 116 mil funcionários da casa espalhados por esse mundão brasileiro, vai se atrever a encerrar sua conta no banco que hoje faz qualquer negócio para pegar peixe pequeno, quanto mais um grandão e pesado como o Luiz Felipe. A turma acusou o golpe, certo, e resmungou, chamou o sindicato, mas não há ameaça de greve.

Para tranquilidade da nova, mas nem tanto, Comissão Técnica, porque desfalcada apenas do Zagalo, a Rede Globo já se incorporou ao time, vestiu a camisa e começou a trabalhar seu inconfundível e inesgotável ufanismo. Não faltarão chamadas, campanhas, gingles, inserções nos programas da rede, esportivos, ou não, lançamento de produtos, merchandising e mais toda a parafernália a qual estamos acostumados antes, durante e depois das novelas, digo, da Copa. A não ser que o resultado seja muito ruim, tipo aquele final infeliz com o qual Dunga nos brindou na eliminação para a Holanda.



terça-feira, 27 de novembro de 2012

Seleção & Cia ilimitada



O jogo das convocações para a seleção brasileira é duro e não muito limpo. Rogério Ceni uma vez comentou o assunto e nunca mais foi chamado. A bola da vez na administração de interesses nem sempre ao alcance do torcedor é Mano Menezes, recém defenestrado por José Maria Marin. Mano convocou 102 jogadores. Segundo levantamento feito por um jornalista de São Paulo, 27 deles são ligados a Carlos Leite, seu empresário. Hulk, a mais estranha preferência do ex-treinador da seleção, não está na lista dos negócios do Leite, mas também nunca caiu nas graças da mídia e da torcida. Vale pelo seu futebol, argumentaria Mano.

Alguns nomes chamaram a atenção, inclusive nosso mané Renan, goleiro do Avaí, que depois foi contratado pelo Corinthians e desapareceu. A surpreendente precocidade da convocação parece que fez mal ao jogador. Cássio, também corintiano como o marido enganado Andres Sanches, transformado em titular por Tite, virou convocável, enquanto Diego Cavalieri só apareceu para enfrentar a Argentina no último jogo do ano, junto com quatro companheiros do Fluminense. Outra atitude estranha do técnico, pois enquanto o Flu disputava o título, não chamou ninguém, muito menos Fred, até então seu desafeto.

Na relação dos empresados por Carlos Leite e convocados por Mano, ainda aparecem os meias Elias (Sporting), Jucilei (Anzhi), Luiz Gustavo (Bayern de Munique), Renato Augusto (Bayern Leverkusen), Fernandinho (Shakthar) e o atacante Jonas (Valência).  Mais cedo ou mais tarde, e depois da seleção, claro, alguns acabaram envolvidos em negociações. A renovação com experiências era uma das tarefas de Mano Menezes, mas nunca com jogadores sem futuro ou envelhecidos. Até o zagueiro Durval, do Santos, apareceu para jogar contra os argentinos, junto com o meia Fellype Gabriel, rejeitado no Botafogo pelo técnico Osvaldo Oliveira e pelos torcedores.

Seja quem for o próximo treinador, não acredito que a seleção fique livre deste balcão de negócios acrescidos dos amistosos vendidos para uma empresa das arábias. Jogar no exterior dá lucro, dizem os cartolas da CBF. Dane-se o torcedor no Brasil, lamentamos nós. O gozado nessa história é  que vender nossos craques para o exterior é imperioso, jogar lá fora, tudo bem, contratar um técnico estrangeiro, nem pensar.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Falta é vergonha na cara, não técnico



Antes de discutirmos o nome de um novo treinador para a seleção brasileira o assunto a ser debatido é outro. Temos que descobrir um jeito de varrer da CBF toda a sujeirada que vive sendo empurrada para baixo do tapete. Sem esquecer, claro, dos porcalhões que deixaram essa imundície espalhada pelo futebol brasileiro e por outros segmentos esportivos.

Difícil, não? De que adianta ficar especulando quem pode assumir a seleção? Acho pouco provável, por exemplo, que um profissional como o Guardiola, que vem causando frisson na mídia brasileira, se disponha a vir aqui sujar o currículo nesse emaranhado de más gestões e corrupção. Se fizer algumas consultas, pensar um pouquinho e usar de bom senso, Guardiola recusará o desafio e permanecerá incomunicável pelo resto da sua temporada sabática. Ou então se manterá ocupado com a luta da Catalunha pela sua independência.

Quanto aos nomes brasileiros vamos cair na mesmice. Desconfio do Abel Braga que, imaginem, seria a novidade. Apesar de campeão recente com o Flu e muito badalado nacionalmente, não custa lembrar como foi campeão mundial com o Inter, vencendo o Barcelona depois de tirar da cartola o Adriano Gabiru. É um iluminado por estranhas luzes vindas não sei de onde. Cruzes.

Além do Abel a casa oferece os de sempre. Felipão parou no tempo, Murici é muito ranzinza – não me esqueço do Dunga – e Tite virou a menina dos olhos da imprensa por causa do Corinthians. Só por isso. Até então era motivo de chacota pelas entrevistas, pelo palavreado pastoral e pela incapacidade de ganhar grandes títulos. Cariocas e paulistas tinham os dois pés atrás com ele.

Diante desse quadro irreversível, a curto ou médio prazo, sugiro que deixemos tudo por conta dos jogadores. Eles que se virem para juntar o grupo. Eles que escolham uma comissão técnica sem técnico, mas com médico, fisiologista, preparador físico e tudo o mais necessário ao bem estar dos selecionados.

Definam o capitão do time, quem sabe até para discutir o esquema tático dentro do campo, de acordo com o andamento do jogo. Sem esquecer que o eleito deve ter aquilo roxo para enfrentar o que o frouxo do André Sanches, atual e não se sabe até quando, diretor de seleções, chamou de “hierarquia”. Para demitir o Mano Menezes ele aplicou o “manda quem pode, obedece quem precisa”. É coisa de quem não tem amor próprio ou vergonha na cara, produto em falta no país não só nos meios esportivos.