sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Nem Mano explica



A CBF trabalha sempre contra os clubes que a sustentam e lhes dão visibilidade, e que por tabela tornam o futebol brasileiro conhecido mundialmente com a revelação de jogadores que vão se destacar na seleção.

Nada sensibiliza a entidade dirigida por Ricardo Teixeira. Ela só atrapalha e suga seus filiados ao longo da temporada. Os culpados são os próprios dirigentes subservientes ao presidente da CBF, aos seus desmandos e à sua incompetência. O Campeonato Brasileiro é o que menos interessa, apesar de ser uma das competições mais importantes do mundo com um regulamento relativamente novo para os brasileiros que premia a eficiência e a regularidade.

Como até hoje Ricardo Teixeira e seus comandados não se preocuparam em construir um calendário adequado às exigências internas e externas do nosso futebol, o que se vê a cada convocação da seleção brasileira é um despropósito. Mano Menezes e seus antecessores carregam esse piano.Ele bem que se esforça para jogar uma cortina de fumaça sobre os efeitos danosos sofridos pelos clubes que perdem jogadores importantes para amistosos, tipo esse que vem por aí, inicialmente contra o Egito, trocado agora por Gana. Ia tudo muito bem em matéria de escolha de adversários até que perdemos para a Argentina, França, Alemanha, e empatamos com a Holanda.

Nessas horas a discussão sobre os nomes chamados por Mano é interminável e aumentou esses dias com a volta de Ronaldinho à seleção. Pra que, por que agora, ele terá fôlego para a Copa de 2014, hoje não é apenas um jogador de clube? Nunca vai se chegar a um consenso sobre as idéias de um treinador sobrecarregado pela importância do cargo mais visado pelas críticas do que um presidente da República.

Com suas omissões e equívocos a CBF só contribui para ampliar a confusão, que ganha a força de um tsunami na medida em que o tempo passa e ainda não temos estádios nem um time encaminhado e com credibilidade. O pior para Mano Menezes e ninguém se deu conta da importância e gravidade, é que depois do Maracanazo de 1950 ele e seu intrépido e indefinido grupo serão os primeiros a enfrentar a pressão que representa disputar uma Copa do Mundo em casa. Zagalo, Parreira e Felipão, campeões mundiais, não passaram por esse tormento. Se antes não houver demissão ou uma saída voluntária e estratégica, há um divã à espera de Mano Menezes no caminho de 2014.

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