domingo, 5 de junho de 2011

SOS 10


Começou a pegação no pé do técnico Mano Menezes. A seleção não ganhou dos adversários mais fortes, França, Argentina e Holanda. A derrota para os argentinos, com gol espetacular do Messi ficou entalada na garganta da grande mídia e esquentando a cabeça dos jornalistas, principalmente do Rio e São Paulo.

O regionalismo exacerbado sempre atrapalhou a seleção brasileira e está se manifestando com força total nestes primeiros tempos de Mano. É duro pra essa turma aceitar o predomínio de treinadores do sul nos principais clubes do país, como Cuca no Cruzeiro, Felipão no Palmeiras, Tite no Corínthians, Renato no Grêmio, Falcão no Inter, Adilson Batista no Atlético PR e o Mano Menezes na seleção.

O empate em zero a zero com a Holanda, a má apresentação do time no primeiro tempo e as vaias no fim do jogo encheram de argumentos os que já decidiram bater forte no trabalho do Mano. Há uma partícula de verdade a alimentar a conhecida xenofobia carioca e paulista: a inexistência de um bom camisa 10 e a consequente falta de criatividade do meio campo, escalado praticamente com três volantes. Elano não é nem nunca será um meia de ligação, deficiência evidenciada no completo desarranjo do time no primeiro tempo em Goiânia. Sem falar na ineficiência de Robinho.

Parece que com Ganso machucado não há solução para essa carência grave manifestada a cada jogo. Será ele o único? Infelizmente parece que sim. Os recursos na posição realmente são escassos. Os melhores meias de criação atualmente no futebol brasileiro são argentinos, Montillo no Cruzeiro, Conca no Fluminense e Dalessandro no Inter. Douglas do Grêmio foi chamado e não confirmou. O resto são promessas que enchem de indagações e suspeitas o torcedor e a mídia. O fato é que está todo mundo assustado, desculpem o clichê, com a ganso-dependência, verdade irrefutável que começa a contaminar as análises dos grandes nomes do nosso jornalismo esportivo.

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