sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Imperador da encrenca


A presidenta (como quer a nossa Dilma) da Roma, Rosella Sensi, espera Adriano para uma conversa séria, talvez a última. Adriano tem se revelado como um dos maiores encrenqueiros do futebol brasileiro. Só não deixa prá trás Almir, “O Pernambuquinho”, como era chamado, e que atuou na década de 60, porque não briga (ainda) em campo. Revelado pelo Vasco, jogou no Santos e Flamengo e gostava de uma boa confusão nos gramados. Uma de suas menores façanhas foi acabar com uma decisão do Carioca entre Flamengo e Bangu, provocando a expulsão de sete jogadores. Nos bares e na noite, não tinha pra ninguém, era arriscado enfrentá-lo.

Voltando ao Adriano e seu currículo exemplar: bate em mulher, é baladeiro, beberrão, amigo de traficantes e inimigo da sua própria carreira, está próximo da rescisão do contrato com a Roma. Apesar de ter sido liberado para se recuperar no Rio de Janeiro de uma cirurgia no ombro, o Imperador não resistiu às tentações da corte na Cidade Maravilhosa. Após uma noite festiva, caiu em uma blitz, negou-se a soprar o bafômetro e teve sua carta de habilitação apreendida.

De volta ao Brasil, é bem provável que chovam convites de grandes clubes. Os departamentos de marketing e dirigentes equivocados estão aí pra isso. O próprio Adriano, repatriado a primeira vez depois de juras de amor ao Flamengo, é a figura mais emblemática entre alguns jogadores marcados pela fidelidade à crônica policial e às atividades extra campo.

Há pouco o Grêmio foi atrás do Carlos Alberto, freqüentador assíduo do departamento médico, e que saiu do Vasco pela ameaça de agressão no vestiário ao presidente do clube, Roberto Dinamite. É a mais fina flor da encrenca de chuteiras, no seu caso de chinelinhos. Outro que foi e voltou, e parou no Vasco, é Felipe, também já afastado do time. Não faltarão pretendentes.

Ronaldinho Gaúcho recupera sua forma treinando na noite carioca. Como diria aquele famoso colunista social de Floripa, dos tempos do saudoso O Estado, Ronaldinho foi visto em bares, boates, escolas de samba e restaurantes famosos do Rio. Com o seu rico dinheirinho, portanto, com todo o direito, acaba de comprar mansão na Barra por R$ 20 milhões. Piscina, quadras de tênis, boate, uma academia subterrânea, um número não revelado de suítes e outros penduricalhos, conferem a Ronaldinho a certeza de descansos reparadores após desgastantes treinos e jogos.

São muitos e variados maus exemplos. Estes são apenas os mais recentes. Sei que todo mundo merece uma chance, mas como bom discípulo de São Tomé acrescento aquele antigo, mas sempre atual ditado gaúcho: “cachorro comedor de ovelha, só matando”.

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