quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Futuramente


Notícias do dia no DC. Futuramente o aterro da Baía Sul servirá apenas para atividades culturais. Não sei que espaço de tempo significa “futuramente” nem o que pretendem dizer com “atividades culturais”. Depois que autoridades omissas e coniventes deixaram aquela área se transformar num muquifo e berçário para todo o tipo de transgressões fica difícil acreditar em qualquer promessa ou projeto. Quando se fala de cultura, então. O Centro Integrado de Cultura e o cineminha do Gerlach estão lá, obras praticamente paralisadas, documentos fresquinhos, recém saídos dos fornos alimentados pela omisão e incompetência.

O simples fechamento da avenida Paulo Fontes já é motivo para confusão, ainda que tenha facilitado aos pedestres o acesso ao Mercado Público e deixado o local mais parecido com uma área de lazer e entretenimento. Meia dúzia de ranhetas não entendem assim porque precisam rodar algumas quadras para ir aqui ou ali e não podem gastar um pouco mais de tempo e combustível.

Não vamos nos esquecer do outro aterro, bem pertinho, bastando atravessar o túnel Antonieta de Barros. Aquilo lá passa pelo mesmo processo. Por enquanto não tem merdódromo, camelódromo, kartódromo, sambódromo, terminais de desintegração, garagens de ônibus...Por enquanto. Futuramente não se sabe.

Que tal um parque, de frente para o mar, tudo arborizado, espaços para caminhadas, ciclovia, quadras de esporte, bares à beira d’água, um belo restaurante, todo envidraçado, de culinária diversificada, com a segurança de um posto policial ativo 24 horas? Estou sonhando. Ninguém dá bola para aquela imensa área desocupada. Quer dizer, ninguém não. Já tem gente de mau gosto pensando em prédios para um Centro Administrativo. Se não me engano um sujeito que se diz prefeito de Florianópolis.

Voltando para o lado de cá a bronca, diz o noticiário, é com a União, dona do pedaço. Enquanto isso Camelódromos e Cestões ficam por ali mais três anos. Três anos? Junto com aquele centro de convenções, construído a custa de sonegação de impostos e acertos até hoje mantidos sob o tapete. O mesmo tapete que por décadas forra corredores e gabinetes do Paço e da Câmara Municipal.

Vale lembrar o portal turístico que empesta a cidade daquele cheiro desagradável. E a rodoviária, outro portal e primeira obra no aterro abandonada pelo poder público. Apesar de tudo futuramente, dizem otimistas e/ou mentirosos, poderemos desfrutar do aterro da Baía Sul como merecemos. Futuramente...

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