quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Panfletinho básico



Acordei de mau humor. Primeiro pelas dificuldades impostas a mim nos últimos meses por todos os segmentos públicos e privados responsáveis pela saúde do cidadão. E ultimamente, com a proximidade de uma eleição complexa. É desanimador o que tenho acompanhado da política e dos políticos. Não vale a pena votar, eleger gente que mais adiante não te dá nenhum retorno no mínimo que se exige de um ocupante de cargo público, eleito pelo povo em uma nação dita democrática.

O último debate (?) promovido pela RBS na terça-feira à noite foi patético. A começar pela cobertura dos profissionais da própria rede. A não ser pelas cobras criadas do jornalismo político, no mais tive que ouvir uns pirralhos sem nenhum conhecimento não só do assunto, mas principalmente das peculiaridades locais. As perguntas no final tinham a profundidade e o alcance do tipo – “o que achou do debate”? -.

Indigência mental nesse caso é pouco. A proposta de um debate que não é debate já inviabiliza qualquer tentativa para despertar o interesse do ouvinte/telespectador/eleitor. É uma tragicomédia, encenada com competência, e de acordo com a conveniência por candidatos despreparados e desprovidos de qualquer princípio ético. Prova disso são o amontoado de promessas já não cumpridas em governos anteriores pelos candidatos de sempre. Domingo vou teclar números sem convicção, sem nenhuma esperança. Vou às urnas apenas porque tenho a obrigação legal.

O comprometimento moral, de cidadão consciente, ora, isso já empurrei pra baixo do tapete faz tempo. Aliás, pratica fartamente adotada na política brasileira, com o suporte de um sistema judiciário comprometido com o que há de pior neste país onde a ordem e o progresso não representam nada mais do que palavras aplicadas em uma bandeira desrespeitada nos 365 dias do ano.

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