quinta-feira, 4 de março de 2010

Dunga subiu no telhado

Dei uma espiada nos amistosos de seleções na quarta-feira de futebol para todos os gostos e desgostos. A não ser a seleção espanhola, que joga um futebol bonito e eficiente, e alguma evolução técnica mostrada pelos brucutus ingleses, nada mais encanta no planeta bola. Pode ser que apareça alguma surpresa na África do Sul e a Copa do Mundo mostre algo mais empolgante. Pelo que vi, se ninguém meter a mão, a França não marca, a Itália continua no seu joguinho zero a zero e a Alemanha fracassa mesmo importando dois atacantes poloneses - já teve um do Brasil - e um meio campo brasileiro chamado Cacau.

Por enquanto o quadro é desolador, incluindo o time do Dunga com aquele jogo burocrático, previsível e dependendo sempre de algum brilho individual, atualmente limitado ao Robinho. Nem o pastor Kaká vem dando conta do recado. Nossa seleção ganhou tudo o que disputou ultimamente, amistosos furrecas, vaga antecipada para o Mundial e a Copa das Confederações. No entanto, nenhum desses parâmetros é confiável, especialmente quando se analisa friamente o estágio atual do futebol sul-americano e os adversários que já enfrentamos quando o Joel Santana mandava na África do Sul.

Apesar da aridez européia e de outros continentes, não acredito na seleção brasileira. E olhem que não estou cantando o refrão que clama por Ronaldinho Gaúcho. Mas que tem gente muito melhor por aqui e na Europa do que alguns "soldados guerreiros" do Dunga, lá isso tem. Como disse um colunista gaúcho, quem tem nome de anão só pode gostar de nanico, uma referência a Josué, reserva do seu time na Alemanha e sem jogar nada faz tempo.

O treinador brasileiro, além do seu mau humor constante, leva para a Copa um time sem talento - só Kaká e Robinho salvam - e inexpressivo. Talvez Dunga queira repetir o futebol de resultados de 94 correndo sério risco de cair do cavalo. Ou do telhado.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Algo de podre no Reino do Balneário



O presidente da Federação Catarinense, Delfim de Pádua Peixoto Filho, não tem mesmo um pingo de vergonha na cara. Saiu da sua sala na pomposa sede de Balneário Camboriú e foi ao Tribunal de Justiça Desportiva - fica tudo em casa - para defender o Joinvlle, ameaçado de perder o mando de campo no campeonato estadual por causa da invasão de torcedores na final do turno, jogo contra o Avaí.

Com a maior cara de pau e sem o menor constrangimento, o irremovível Delfim argumentou que a invasão foi pacífica, não houve ameaça a ninguém dentro do campo. Na verdade a situação era de alto risco, porque os torcedores da casa tinham facilitado o acesso ao gramado enquanto ali estavam, ainda, jogadores adversários e jornalistas de Florianópolis trabalhando.

Invasão pacífica? É a primeira vez que ouço esta aberração. Que um cartola da estirpe do Delfim diga uma bobagem destas, é compreensível. Quem defende interesses obscuros como os que estão se insinuando é capaz de qualquer coisa. Mas uma Comissão Disciplinar do TJD aceitar essa balela? Quem são esses homens de notório saber jurídico, como gostam de falar os magistrados? O Joinville foi absolvido, ganhou de goleada por 4 a 0, com queria o ínclito presidente da Federação.

Do jeito que estão encaminhando o sorteio (?) para as escalas de arbitragem, as decisões nos tribunais esportivos e outros acontecimentos no mínimo estranhos, sou obrigado a pensar no que me disse outro dia um profundo conhecedor dos bastidores do nosso futebol. Esse ano ninguém tira o título do Joinville.