terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Uma prece à FIFA


Continua a arenga sobre a Copa do Mundo de 2014. Bom, por tudo que esta cidade precisa, seria uma sede em Florianópolis, mas o que tenho lido e ouvido me deixam cada vez mais pé atrás. O secretário Gilmar Kanesel – Cultura, Turismo e Esporte – dá entrevista toda hora e não sinto firmeza em nenhuma manifestação sua, praxe mantida por outras figuras e figurões que tratam do assunto, como Joceli de Souza (foto do Figueirense), coordenador do Comitê Executivo Estadual. As respostas são evasivas e mostram algum desconhecimento de Knaesel, como a existência de um gerador no projeto (belíssimo, por sinal) agora modificado da futura Arena. Na Florianópolis dos apagões um equipamento como esse não é acessório, principalmente em se tratando de estádios para a Copa. É exigência da FIFA, não uma “modernidade” nem opção como querem fazer entender elementos da tal comissão pró sede. Quando se fala em melhoria da infra-estrutura da cidade ai é que a porca torce o rabo. Nenhuma palavra sobre início de obras, a não ser falatório em torno do aeroporto, de planos para um metrô de superfície, de melhoria do sistema viário e de transportes, piriri, pororó. O documento que deveria ser entregue à FIFA até o dia 15 deste mês ficou pronto antes. Ótimo. Mas estão faltando as cerejas do bolo representadas, por enquanto, apenas por maquetes, muita promessa, foguetório e palavras ao vento. Será trágico se o que estou entendendo for a realidade: se uma das sedes da Copa não vier para Florianópolis vamos continuar com aquele aeroporto do jeito que está, com o tormento em dia de jogos ou não na Ressacada para chegar ao sul da Ilha, sem transporte decente, com falta d'água e de luz na temporada, sem saneamento, com sistema viário defasado, etc, etc. Senhores do futebol, donos do mundo, tenham piedade de nós. Salvem a nossa cidade. Não podemos esperar por ações de nossas autoridades e políticos. Eles só sabem o que dizem. Mas não fazem.

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