segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Pavões, hienas e urubus

Que coisa! Prejuízos materiais incalculáveis, por enquanto 45 mortos, milhares de desabrigados e desalojados, destruição por todo o canto, imagens e números impressionantes. Nada disso sensibiliza oportunistas sempre a postos para tentar faturar prestígio em cima de tragédias como mais esta que vivemos. Não nos livramos deles. São umas hienas. Ou uns Pavanos como alguns secretários regionais mais conhecidos. Tem gente dando entrevista e aparecendo na televisão sem o que dizer, ocupando o espaço de técnicos realmente capacitados para falar e para agir em situações como a que nos deparamos agora por causa das chuvas que inundaram parte do Estado. Deram um chega prá lá até na Defesa Civil. O episódio do deslizamento na SC-401, rodovia que nos leva ao norte da Ilha, é sintomático e muito esclarecedor. Certos urubus travestidos de autoridades e políticos mudaram o sentido da palavra emergência, que agora passa a ser entendida como aquilo que pode ser transferido para mais tarde, até para o dia seguinte, caso da remoção de lama e rochas em uma das estradas das praias. A decisão esdrúxula partiu dessas mesmas pessoas que admitiram a possibilidade da existência de gente soterrada no local. Exceção da Celesc que, justiça seja feita, agiu de acordo com o exigido pela “emergência”, enquanto outras instituições esperaram por um milagre dos céus, que estavam mais era para inferno. A Casan, por exemplo, arrumou todo o tipo de desculpa para não sair na chuva e se molhar. Mas continuem votando neles, elegendo principalmente esses deputados festeiros que fazem tudo por uma homenagem a qualquer pé rapado incompetente que ascenda a cargos, nunca por mérito, e sim por espúrias conveniências políticas. O momento exige cancelamento de determinados rapapés e prometidas homenagens aos verdadeiros responsáveis por ações desastrosas e calamidades anunciadas, não um simples adiamento como já apregoaram as trombetas palacianas.

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