sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Campeão de audiência

Outro dia fiz um comentário sobre as qualificações de Muricy Ramalho e Mano Menezes, para mim os melhores técnicos em atividade hoje no futebol brasileiro. Por inúmeras razões, uma delas descrita abaixo, deixei fora da análise Wanderlei Luxemburgo, até dias atrás o mais badalado de todos. No dia em que a coluna foi publicada fiquei sabendo da participação de Wanderlei como comentarista da Globo no jogo em que o time B do Palmeiras enfrentava fora de casa o Argentino Juniors pela Copa Sul-Americana. Além de não viajar para a Argentina – a pretexto de preparar o grupo que ficou em São Paulo para o confronto contra o Grêmio pelo Brasileiro -, ainda mandou um grupo de apenas 14 jogadores, entregues pelo seu comandante à fúria dos argentinos que prometiam forra das brigas que aconteceram no jogo de ida no Parque Antártica. Alguns conselheiros palmeirenses foram tirar satisfações da diretoria pela postura nada profissional do seu treinador, useiro e vezeiro em incidentes extra-campo, além da inconveniente duplicidade de ações, como técnico e agenciador de jogadores. Que a Globo se preste, aceitando o homem como comentarista eventual, vá lá, é briga por audiência, coisa e tal. Mas é com esse e outros comportamentos similares que Luxemburgo derruba seu currículo de técnico competente, cheio de conquistas. Os holofotes e a mídia fazem muito mal ao Luxa e lhe tiram, (e felizmente, a meu modo de ver) qualquer possibilidade de um dia virar empregado de Ricardo Teixeira na CBF.

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