sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A pátria sem chuteiras

Quatro anos sem vitórias fora de casa nas eliminatórias para a Copa do Mundo. São quatro empates e três derrotas nesse período. E lá isso são números para se chegar ao dia da pátria nossa em noite de sessão coruja contra os destemidos e perigosos chilenos? E tem mais: estamos em quinto lugar nesta eliminatória, em caso de derrota podemos cair para sétimo. Hoje ocupamos a sexta colocação no ranking da FIFA, ganhamos um bronze mixuruca na Olimpíada. Cadê o outrora respeitado futebol brasileiro? Virou Conceição, sumiu, ninguém sabe, ninguém viu. Por onde anda nossa amada e idolatrada seleção? Aquele carisma, aquela atração, aquela vontade de ir ao estádio, de sentar à frente da tevê, olho na telinha, ouvido no rádio (nem todo mundo agüenta o Galvão), a paixão, o orgulho do torcedor, tudo isso desapareceu. O talento vai embora todo ano, passa pelas tais janelas abertas para nossos craques cada vez mais raros, empobrecendo nossos clubes, nossos jogos. O respeito virou atrevimento diante de um time cada vez mais apequenado. Até nosso escudo foi arrancado do peito na rusga interminável entre COI e FIFA. Daqui a pouco o amarelo da camisa também vai sumir. Por maluquice de algum designer ou falta de respeito mesmo. Zagalo perderá o seu bordão, aquele da amarelinha, e o torcedor o pouco que resta para se ver em campo, correndo e chutando pelas pernas de um “onze” que tanto nos fez orgulhosos e respeitados planeta a fora. Que venha o Chile, mas que não nos encha de vergonha justo no 7 de Setembro.

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