quinta-feira, 15 de maio de 2008

Quinta-feira

Queda de braço

O Ministério do Esporte finalmente resolveu agir na tentativa de evitar o êxodo de jogadores brasileiros para o exterior, Europa principalmente. O Ministro Orlando Silva enviou documento à FIFA sugerindo mudanças na lei de transferência, aumentando para 21 anos a idade mínima para a saída de jogadores do país. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sem muito entusiasmo, prometeu apoio ao Ministro Orlando. O Ricardão sabe o peso dos dólares ou dos euros, como queiram, nesse procedimento que todo ano fragiliza cada vez mais o futebol brasileiro. Além disso, o poder de persuasão de nossas autoridades e dirigentes esportivos em confronto com os europeus fica bem distante do necessário para que alcancemos sucesso nessa empreitada.

Decepção

Tinha eu razão quando colunas atrás duvidei que alguma coisa pudesse mudar no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), apesar da posse do experiente Luciano Hostins na presidência e sua nova composição. A primeira câmara disciplinar disse que eu estava certo ao punir com brandura todos os envolvidos no episódio do último clássico no Orlando Scarpelli. Pelo andar da carruagem Luciano e seus pares terão uma relação conflituosa o que pode inclusive determinar a saída de algum auditor ou até mesmo do próprio presidente. Ou desta vez estarei enganado? Sim, porque do jeito que a coisa vai, liberou geral no futebol catarinense. Pobre dos árbitros e do policiamento. Torcida, dirigentes, técnicos e jogadores estão podendo tudo.

Não acredito

A grande mãe FCF acaba de permitir uma aventura de conseqüências previsíveis ao aceitar a participação do Navegantes na divisão especial. As más línguas dizem que o clube não tem a mínima estrutura para se fazer presente na competição, a começar pela falta de um estádio. O mais incrível é que o Navega ficará abrigado em Caçador, com patrocínio da prefeitura local. Ou será que tem um Kindermann nessa parada? Não acredito nem numa coisa nem em outra. Deve ser coisa de fofoqueiros que pretendem desestabilizar o grande trabalho do presidente Delfim e arrefecer sua dedicação ao nosso futebol.

Prós e contras

Ao mesmo tempo em que exulto por receber um bem elaborado release contabilizando a boa participação do Figueirense desde que o Brasileirão passou a ser disputado por pontos corridos – está em nono lugar -, fico estarrecido com o grau de antipatia do técnico Alexandre Gallo. A notícia sobre a eficiência do time tem a assinatura do J.B Telles que, espero eu, esteja voltando à assessoria de imprensa do clube. Os desentendimentos com o departamento de futebol foram superados? O comportamento de Gallo frente aos jornalistas que cobrem o dia-a-dia do Figueirense vai na contramão do que seria uma boa nova para a relação entre jornalistas, dirigentes, funcionários e treinador.

Injustiça

O lateral direito Rodrigo Galo não interessa mais ao Avaí e treina separado do grupo que disputa a série B. É outro caso de jogador de base mal tratado na sua própria casa, em favor de jogadores mais velhos, caros e cujos resultados na maioria das vezes são pífios, técnica e financeiramente falando. E mais: Galo sempre mostrou cacoetes de jogador de meio de campo, e não de defensor, daqueles que se limitam a uma faixa lateral de campo, detalhe jamais observado pelas comissões técnicas que passaram pela Ressacada.

Peregrinação

Ronaldo Nazário tem se dedicado nos últimos dias a uma longa e constrangedora peregrinação pelos programas da TV Globo na tentativa de refazer sua imagem, abalada depois do episódio com os travestis. O jogador usa de todos os meios para se recuperar perante a opinião pública, sempre muito rigorosa em se tratando de ídolos. Está no seu direito, como está a emissora em alimentar manifestações piegas em busca de Ibope. No meio disso tudo a única coisa que interessa é a confirmação de Ronaldo de que está oito quilos acima do peso. Gorducho ele até pode voltar a uma vida normal fora dos gramados. Mas, como atleta continuará execrado pelo torcedor e pela mídia.







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