terça-feira, 29 de abril de 2008

Terça-feira

Ah, esses professores 1

Alexandre Gallo só faz treino secreto para colocar em campo, no primeiro jogo da decisão, um time que nunca jogou junto. Escala mal, substitui pior ainda e vê um jogo que ninguém viu. Domingo contou com a incompetência do Criciúma e se deu bem. Como aconteceu no turno, quando os adversários – leia-se Avaí e Criciúma– entregaram a rapadura. O Figueirense está a um passo do título, basta enpatar. A vantagem é muito boa porque precisa perder duas vezes, no tempo normal e na prorrogação, para não chegar ao título. Mesmo em casa, a missão do Criciúma é difícil. A exemplo de Gallo, Leandro Machado também não tem muita bala na agulha. E diante de um adversário com tanto vento a favor nos momentos decisivos do campeonato, é difícil mesmo acreditar que o Criciúma consiga a façanha de reverter esse quadro. A não ser que o treinador do Figueirense ignore os avisos de apertar cintos e não fumar e acabe provocando um acidente de conseqüências trágicas.

Ah, esses professores 2

Outro dia, assistindo o documentário sobre o título mundial do Inter em 2006, revi o Adriano Gabiru, autor do gol que deu a vitória sobre o Barcelona. Detestado pela torcida. foi uma surpreendente solução para aquela partida tão importante. Depois saiu escorraçado do Beira Rio, foi emprestado ao Figueirense, em seguida ao Sport, e desapareceu. Com Gabiru como salvação e Fernandão limitado à marcação de um meia de criação do Barça, o técnico Abel Braga mesmo assim se consagrou. Os sortilégios futebolísticos continuam ajudando o Abelão, sempre muito criticado por essas invenções nas escalações e substituições. Sortilégios que não o tem livrado de vestir a touca verde representada por três derrotas para o Juventude só este ano em três jogos, com cinco gols contra, nenhum a favor. O treinador do Internacional, além de não descobrir um jeito de vencer o Ju, do ex-goleiro Zetti, já começa a se desgastar com a torcida e alguns jogadores, caso de Nilmar. Os gremistas estão adorando e pedindo a permanência de Abel.

Ah, esses professores 3

Em compensação Adilson Batista e Dorival Júnior, cujos primeiros passos foram dados no Figueirense, estão em paz com suas torcidas. O Cruzeiro do Adilson não tem como perder o título depois da goleada de 5 a 0 que aplicou domingo justamente em cima do Atlético, situação que pode custar o emprego de um bom treinador como é o Geninho. Na vizinhança temos a vantagem do Coritiba do Dorival, que fez 2 a 0 sobre o Atlético na primeira partida da decisão paranaense. Ney Franco, também profissional de respeito, está igualmente ameaçado e já começa a sofrer pressão muito grande da torcida atleticana.

Ah, esses professores 4

Cuca é reconhecido como bom técnico, mas não conseguiu até hoje ganhar um título que avalise seu trabalho. Morre frequentemente na praia, situação que pode se repetir após a derrota do Botafogo para o Flamengo por 1 a 0. Domingo que vem tem mais no Maracanã, na despedida de Joel Santana e, quem sabe do próprio Cuca, caso o Botafogo repita a dose. Finalmente um dedinho de prosa sobre um conhecido da torcida avaiana, o Paulo Comelli, de meteórica passagem pela Ressacada. Comelli é o técnico do Bahia e está na marca do pênalti depois que seu time levou 3 a 0 do Vitória, embolando o quadrangular final do campeonato baiano. Tranqüilão está o Vanderlei Luxemburgo com o seu Palmeiras. Ganhou a primeira fora de casa, ainda que por 1 a 0 apenas, e tornou quase impossível a tarefa da Ponte Preta de se transformar na grande zebra dos campeonatos regionais.

Futuro

Pelo jeito os empresários de treinadores terão muito trabalho pela frente a partir de domingo. Idem para os dirigentes derrotados porque vêm aí as duas mais organizadas e rentáveis divisões do campeonato brasileiro. Quem não ouvir os apelos imediatistas das torcidas descontentes com fracassos nos regionais e não se render às exigências do momento, poderá arrumar encrenca feia logo adiante em uma competição mais importante.


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