terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Terça-feira

O torcedor, esse chato

A expectativa do torcedor de carteirinha, até onde eu entendo, está concentrada na formação do seu time, base dos seus anseios e para aquilo que ele poderá ver em campo. Hoje a maioria dos dirigentes e treinadores não entende assim, preferindo esconder da torcida as atrações que o clube disponibilizará aos seus simpatizantes no dia do jogo. O pretexto tão em voga é evitar que o adversário saiba o que é feito nos tais treinos secretos. Vejam, por exemplo, o caso do Figueirense, que domingo tinha como estréia não anunciada – porque era segredo - o recém contratado Rodrigo Fabri. Para o torcedor da casa que foi ao estádio os únicos atrativos eram o jogo em si e o adversário, o Criciúma. A escalação só foi conhecida momentos antes da partida. Em outros tempos, quando bilheteria tinha peso na contabilidade dos clubes, o público era levado em consideração. A mídia trabalhava em cima de nomes que estariam em campo, as rivalidades entre jogadores. Hoje, como a tevê é quem paga, o torcedor que se exploda. Se quiser, vá ao estádio. Caso contrário que fique em casa e não encha o saco.

Curiosidade incomoda

A presença de jornalistas também é perfeitamente dispensável. Não tem sentido cobertura diária das atividades dos clubes que agradecem penhoradamente a ausência de repórteres. São uns chatos que vivem bisbilhotando, querem saber tudo só para informar seus leitores e ouvintes, os torcedores, enfim. Não chegaram a inventar até cobrança por utilização de cabines? Torcida e mídia quanto mais longe melhor. Os negócios podem ser feitos a vontade, sem fiscalização de nenhum tipo, cada um faz o que quer com o dinheiro sem dar satisfações a ninguém. Como aconteceu no Corinthians, com uma administração que virou caso de polícia. Todas as denúncias feitas por alguns jornalistas de São Paulo nunca foram consideradas, com convém àquele tipo de dirigente que gosta de fazer tudo por baixo do pano.

Estaduais

Uma rodada sem surpresas colocou os principais clubes no topo da tabela do campeonato catarinense. Faltava ao Avaí, novo líder, uma boa vitória fora de casa e ainda fica faltando um confronto com algum dos chamados grandes, o que vai acontecer amanhã contra o Joinville na Ressacada. Dependendo dos resultados do meio de semana o clássico de domingo pode decidir o primeiro turno. No mais, fora de ordem só a decepcionante campanha do Marcílio Dias.

Mistério

Tem muita gente se licenciando na arbitragem catarinense. Depois de Paulo Henrique Bezerra chegou a vez das mulheres: Lucimar Lauxen e Cleidy Mari dos Santos pediram afastamento temporário. Coincidência, mera coincidência, diriam os otimistas de plantão.

Entrevero

No último jogo do Criciúma, em Tubarão, o vestiário do árbitro Wagner Tardelli foi palco de um desentendimento entre ele e um repórter local. Tardelli relatou o incidente através de carta à Federação, acusando o radialista cujo nome não foi divulgado, de “faltar com a verdade”. Vestiário da arbitragem não é lugar de jornalista.

Esbórnia

A cada dia uma novidade na tabela do nosso campeonato. São transferências de jogos, mudanças de horários, uma zorra. Tudo sob os auspícios do departamento técnico da Federação e o sim senhor dos clubes. No Brasileirão vai acontecer a mesma zona por conta dos acertos do Clube dos 13 com a televisão que pretende transmitir jogos pela manhã.

Onde está o dinheiro?

O Ministro do Esporte, Orlando da Silva Júnior, anunciou que devolveu cerca de R$ 30 mil aos cofres públicos. Gastou demais com o seu cartão corporativo, inclusive em uma barraquinha de tapioca.

Cinzas

A quarta-feira tem amistoso da seleção em Dublin e mais uma vez Pato é impedido de mostrar seu talento para o incrédulo e desconfiado Dunga. Uma jogada comum diante da Fiorentina no campeonato italiano e uma torção de tornozelo transformaram em cinzas a esperança de o torcedor brasileiro assistir este jovem atacante carimbando seu passaporte para a Olimpíada de Pequim.











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