terça-feira, 20 de novembro de 2007

Terça-feira

Difícil de ver, fácil de entender

O futebol vive de evidências, de fatos concretos, apesar de sua luta constante contra a lógica. Basta olhar a seleção brasileira em campo para entender o raciocínio. Quando um time tem em seus zagueiros as melhores figuras em campo, fica claro que o adversário incomodou e que o meio de campo e ataque não trabalharam direito. Essa foi a verdade do Brasil diante do Peru, um oponente disposto a tudo para não sair de campo com mais um resultado negativo. De tudo o que se pode dizer sobre o mau futebol dos comandados de Dunga, o mais difícil de entender é o posicionamento de Kaká e Ronaldinho, boa parte do jogo ocupando o mesmo espaço dos volantes Gilberto Silva e Mineiro. Tomara contra o Uruguai as observações do domingo peruano sejam todas desmentidas e que fiquemos apenas com a realidade de que fora de casa a seleção brasileira vira um lugar comum insuportável.

Bola de cristal

O ex-treinador e “filósofo” Dino Sani cunhou a frase “em futebol se ganha, se perde, se empata”, e vou utilizá-la para colocar o Brasil diante do Uruguai em solo pátrio nesta quarta-feira. Pelo que apresentou domingo diante do Chile, o Uruguai não seria um adversário de peso para o Brasil no Morumbi. De tal forma que, jogando em casa e com uma diferença técnica considerável, o time brasileiro poderia computar três pontos antes mesmo de entrar em campo. Mas, e a rivalidade? E a instabilidade de rendimento? E a teimosia? Que peso terão esses ingredientes contra os brigadores uruguaios?

Guilhotina

Bastaram três derrotas nos três primeiros jogos das eliminatórias – duas goleadas – para rolar a cabeça do colombiano Luiz Suárez, técnico do Equador. Ele não agüentou a pressão sobre um time que classificou para as duas últimas Copas e que, por esse início decepcionante, corre sério risco de não chegar à África do Sul em 2010.

Mar de Almirante

Campeão invicto da Copa Santa Cataria, o Marcílio Dias será mais um catarinense no campeonato brasileiro de 2008, como integrante da série C. O bom trabalho do treinador Mauro Ovelha e dos jogadores precisa de complementos para a próxima temporada, de responsabilidades aumentadas e que não permite, por exemplo, um fracasso já no campeonato catarinense. Com a palavra, dirigentes do clube e empresários da região. O projeto 2008 pode – e deve - começar por uma “lixa” no estádio Hercílio Luz.

Senatriz

Não é verdade que a Copa de 2014 “é do Brasil e não de Ricardo Teixeira”, como afirmou a senadora Ideli, de repente entendida em assuntos do futebol. A Copa será no Brasil, mas ela é, sim, da FIFA, da CBF e de todas as entidades privadas que investem nesse negócio chamado Copa do Mundo. A participação do dinheiro público precisa, isto sim, ser muito bem mensurada, fiscalizada, acima de tudo, e limitada à garantia de infra-estrutura para o evento. No mais é baboseira e papo daquele personagem político que todo o brasileiro conhece demais, interpretado magistralmente por algumas figuras infelizmente assíduas freqüentadoras do nosso dia-a-dia.

Desgraça pouca

O ano do Avaí, que já era péssimo, não precisava de adendos como os de sábado, com o vexame diante do Santo André, e o atropelamento por uma moto do presidente do clube, João Nilson Zunino. Felizmente, por enquanto, as conseqüências piores ficam com o resultado em campo, pois Zunino safou-se bem do acidente. A recuperação do time é que ainda vai demorar um pouco, até o jogo de sábado em casa contra o Ituano.

Submissão

O gramado do estádio El Campin, em Bogotá, foi alargado a pedido do técnico colombiano para desgastar os brasileiros na altitude. Em Lima, aconteceu o contrário, com a diminuição do campo, solicitação do treinador do Peru, interessado em encurtar o espaço para os jogadores do Brasil. Nas duas situações a seleção de Dunga jogou conforme o ritmo estabelecido pelos adversários.

Outros tempos

O torcedor do Joinville anda saudoso de José Elias Giuliari e Valdomiro Schutzler. Hoje é só vexame, dentro e fora de campo.

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