segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Terça-feira

CBF envolve o Congresso

Já escrevi que não ia mais reclamar da Copa 2014 no Brasil. Seus efeitos por enquanto seguem restritos às previsões de que o dinheiro público sumirá pelo ralo, além da insatisfação de termos que agüentar o ufanismo da Globo todos os dias durante os próximos sete anos. Paciência, o que se há de fazer. Só que não é bem assim como acabam de comprovar congressistas eleitos por nós ao retirarem seus nomes da lista para instalação da CPI Corinthians/MSI. Atendendo pedido do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, deputados federais e senadores desta republiqueta – país com este tipo de representação não merece outro nome – estão caindo fora da CPI. Não entendo tanta preocupação do presidente da CBF com o Corinthians. Será que as investigações chegarão muito longe, a outros clubes, federações dirigidas por seus amigos e, muito provavelmente à entidade que dirige? Sonegação de impostos, lavagem de dinheiro, negócios mal explicados, tudo isso hoje pega muita gente ligada ao futebol. Anotem os nomes dos catarinenses que na próxima eleição devem ser esquecidos, ou lembrados como parlamentares que não merecem nosso voto: EDINHO BEZ (PMDB), PAULO BORNHAUSEM (DEM), NELSON GOETEEN (PR) E DÉCIO LIMA (PT). A relação completa está nos blogs dos jornalistas Juca Kfouri e Vitor Birner, com nomes, partidos, endereços de e-mail e fotografia.

Olho grande

Apesar da boa campanha que faz no campeonato brasileiro o Flamengo ainda não conquistou nada, a não ser o direito de permanecer na série A. No entanto, seus dirigentes têm o olho maior que a capacidade de administrar o clube e acabam tirando o time do foco que é a conquista de uma vaga na Libertadores do ano que vem. Aconteceu domingo, no Mineirão, quando jogadores e comissão técnica entraram em campo vestindo uma camiseta com a inscrição “Flamengo é penta”, uma referência ao Brasileirão de 1987, título não reconhecido pela CBF. No jogo o que se viu foi um grupo atordoado e quase goleado pelo Cruzeiro.

Menos Menezes

Faz cinco jogos que o Figueirense não perde para o Grêmio no estádio Olímpico em campeonato brasileiro. O time que hoje tem Gallo no comando manteve a escrita sábado passeando em Porto Alegre, apesar do escore apertado. Mano Menezes, incensado como um dos maiores treinadores brasileiros, ainda não aprendeu a lição básica para qualquer profissão: humildade.

Desorientados

Cartões, faltas violentas, faltas de jogo, reclamações, indisciplina, marcação de pênaltis, acréscimos ao tempo normal, tudo isso e mais um pouco desnorteia jornalistas e torcedores no acompanhamento do campeonato brasileiro em suas três séries. Graças à arbitragem brasileira que vai de mal a pior com decisões diferenciadas para uma mesma regra. Falta uma orientação segura, de gente com bom senso e um mínimo de cultura geral, algo que vá um pouco além do livro de regras. Como tinha o Armando Marques, até se tornar um rabugento autoritário.

Castigo

Quem não fazia a lição de casa ou desobedecia a professora ia para o canto da sala, ajoelhado sobre um punhado de milho e com um chapéu de orelhas de burro. Maldade e muita humilhação de tempos distantes, castigo já abolido, embora aplicável ainda hoje para certo tipo de comportamento. Alguns cartolas do futebol brasileiro, de Florianópolis e Criciúma, em especial, ficariam justificadamente bem nessa foto antiga.

Como o vinho

Finasi merece uma foto na galeria de heróis corintianos, com cinco gols em cinco jogos desta fase de agonia em que vive um dos clubes mais populares do Brasil. O velho e bom artilheiro sabe, como poucos, todos os caminhos que levam ao gol salvador.

Competência

A consagração de Muricy Ramalho como treinador começou no Figueirense, onde fez um bom trabalho, reconhecido pelo Internacional que com ele acabou vice-campeão brasileiro em 2005. Discípulo de Telê Santana, Muricy aproveitou bem as lições do mestre. É hoje, longe, e sem ser marqueteiro, o melhor treinador em atividade no país. Mas não contem com ele para trabalhar com desorganização e sem planejamento.







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