sexta-feira, 8 de junho de 2007

Sábado

CHANCE PERDIDA

Guga e a mãe, Alice Kuerten, estão em viagem para a França onde, se os aeroportos permitirem, o tenista catarinense será homenageado domingo pelos 10 anos do primeiro título em Roland Garros. Guga está encerrando uma carreira vitoriosa, construída graças ao seu talento, apoio da família e alguns amigos, entre eles Carlinhos Alves, pai da Maria Fernanda. A exemplo de Gustavo Kuerten, o sucesso da Nanda Alves é resultado do seu esforço pessoal combinado com o acompanhamento familiar. Guga e Nanda não deixarão sucessores porque nosso tênis não se sustenta em projetos, vive dos abnegados de sempre e sente, como a maioria dos esportes no Brasil, a falta de incentivo e planejamento das entidades oficiais.

CALENDÁRIO

A comissão técnica do Figueirense mal terá tempo para lamber as feridas e recuperar a auto-estima de seus jogadores. Vem aí o Flamengo na seqüência dura de jogos pelo Campeonato Brasileiro, junto com a Copa Sul-Americana, onde o primeiro adversário será o São Paulo. O grupo é jovem, capaz de suportar rotina de treinos e jogos, intercalados com viagens semanais e estadas prolongadas em aeroportos, hoje a grande esculhambação geral da nação, entre tantas. O nível das competições a seguir é outro, bem acima do difícil mata-mata da Copa do Brasil.

DERROTA É VITÓRIA

A fórmula da Copa do Brasil e da segunda fase da Libertadores é boa mas o regulamento é esdrúxulo por causa do peso dobrado para o gol marcado fora de casa. Tem time levando sapatada, saindo de campo derrotado, mas podendo comemorar classificação e até título. Sou das antigas quando o que valia mesmo simplesmente era a vitória, com saldo de gols ou pênaltis como critérios para desempate.

EDUCAÇÃO

Na entrega de medalhas logo após o jogo, doutor Delfim Peixoto armou a carranca, sem ao menos cumprimentar por gesto ou palavra os campeões da Copa do Brasil, mostrando a verdadeira cara da administração do futebol catarinense.

BANDIDAGEM

Sempre há, entre os descontentes por uma derrota do seu time preferido, aquela turma que prima pela falta de educação. Cria confusão nos estádios, não respeita a torcida adversária, apedreja ônibus dos jogadores rivais, como aconteceu com o do Fluminense, e por aí vai. Nem a segurança do clube carioca e da PM agüentou os marginais infiltrados entre os torcedores. Levado a sério, o Estatuto do Torcedor traria problemas graves para o Figueirense.

GEOGRAFIA DA BOLA

Grêmio na final da Libertadores contra o poderoso Boca Juniors, Inter campeão da Recopa com goleada sobre os mexicanos do Pachuca, Fluminense campeão da Copa do Brasil. Os paulistas por enquanto estão fora deste novo traçado do mapa futebolístico brasileiro.

GALINHA DO VIZINHO

A torcida do Avaí comemorou como se fosse a conquista de um título pelas ruas de Florianópolis a derrota do Figueirense na Copa do Brasil. Compreensível pelo tamanho da rivalidade, única no Estado, mas é bom voltar à realidade neste sábado, no confronto difícil no Heriberto Hulse diante do Criciúma. Preocupa o fato de Zé Teodoro ainda não ter um time definido a esta altura do campeonato, como também a demora da parceria em definir o rumo da equipe avaiana.

ONDE, QUANDO?

O quadrangular tapa-buraco com Joinville, Vieira, Próspera e Camboriuense, segue apenas enchendo o calendário, sem entusiasmar e, naturalmente, com a divulgação que merece. Enquanto isso a Chapecoense, campeã estadual, continua parada, aprimorando seu retiro em uma estação de águas próxima a Chapecó.

ATÉ QUANDO?

Depois que os treinadores brasileiros aderiram a essa bobagem de mistério com treinos e escalações, diminuiu o tesão do torcedor que não tem mais assunto para aquele gostoso papo de boteco. Os burocratas do futebol estão em maioria esmagadora e não aceitam contestações. Eles estão certos, o povo da arquibancada, que os sustenta, é que está errado.

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