quinta-feira, 7 de junho de 2007

Quinta-feira

NA TRAVE
Rivais inconciliáveis, irmãos na desgraça. O Figueirense acabou lembrando o Avaí, que em 2002 deixou escapar a grande oportunidade de chegar à série A quando jogou por três resultados diante do Fortaleza: vitória ou empate por qualquer placar e até derrota por um gol. Perdeu por 2 a 0. O Figueira trouxe para o Orlando Scarpelli a oportuidade de conquistar um título inédito, situação que tão cedo não vai se repetir. Jogou com casa cheia por vitória simples ou empate de zero a zero. Perdeu com um gol sofrido a três minutos de jogo e fez a felicidade de avaianos e criciumenses, que mantiveram o ineditismo de um título nacional.
QUE FASE !

Avaianos de todos os quadrantes querem terminar logo a semana, se possível com um resultado positivo diante do Criciúma no sábado. Além da insegurança pelo início ruim na série B, os torcedores azurras ainda são obrigados a acompanhar a boa fase do maior rival. Sem esquecer o flagelo diário com o entra e sai de jogadores, gerando cada vez mais desconfiança com a parceria que ainda não disse a que veio.

ANIMAL

Julgado no STJD pela expulsão devido a uma entrada violenta no zagueiro Miranda, do São Paulo, Edmundo pegou apenas dois jogos de suspensão. A desculpa dos julgadores para a pena leve para quem tem um currículo tão pesado é a folha de bons serviços prestados pelo atleta ao futebol brasileiro. Tenho a impressão que a turma do tribunal se atrapalhou e confundiu a folha corrida do Edmundo.

ÁGUA E VINHO

Abel Braga e Renato Gaúcho são treinadores únicos no futebol brasileiro por suas identificações com torcidas e clubes visceralmente inimigos. Abel, campeão da Libertadores e do Mundo pelo Inter, não admite trabalhar no Grêmio, onde Renato também se consagrou, mas como jogador, e que igualmente nem pensa em um dia treinar o rival. Declarações sinceras e politicamente incorretas.

ESTRANGEIRISMO

Está certo que Dunga mudou o time em nove posições de um jogo para o outro e que o desentrosamento seria uma conseqüência natural. Nada disso justifica a mediocridade da apresentação brasileira terça-feira diante da Turquia, preocupante na medida em que a relação para a Copa América acrescentou poucos nomes. Tem “estrangeiro” demais nesta seleção e “brasileiro” de menos.

DESENCONTROS

Os canelaços e trombadas do centro avante Afonso não são as únicas esquisitices deste grupo do Dunga. Fernando do Bordeaux, não joga o que o técnico quer que ele jogue. Dispensados para férias, Ronaldinho e Kaká foram chamados apenas para fortalecer o time contra a Inglaterra e não porque a equipe precisava de uma estrutura para receber os novos, como argumentou Dunga. As criticas pesadas contra o treinador já começaram na chamada grande mídia esportiva, mas o clima deve pesar mais ainda na Venezuela, a não ser que os resultados derrubem todos os prognósticos.

NA MÉDIA

Grande parte do jornalismo esportivo tem colocado panos quentes sobre os erros de arbitragem nas duas séries do campeonato brasileiro. Insisto no assunto porque isso ainda vai dar bode. Segunda-feira assisti o Bezerra Filho na partida entre Inter e Náutico e a dez minutos do primeiro tempo deixou de expulsar Iarley por falta violenta. Amarelou. Na seqüência do jogo permitiu a indisciplina, expulsou mal um jogador do Inter e outro do Náutico e acabou enterrando sua arbitragem com o número exagerado de cartões amarelos, quase uma dúzia. Ou seja, Paulo Henrique apenas confirmou o mau momento do apito brasileiro.

CURIÓ

A rivalidade, um dos ingredientes mais positivos no futebol, cria seus personagens ao longo do tempo. Florianópolis não foge a regra e tem, do lado do Avaí, o radialista Miguel Livramento, hoje integrante da equipe RBS de esportes. Engraçado na sua autenticidade de torcedor assumido, feroz nas suas críticas ao próprio clube e aos adversários, Miguel não tem sido o mesmo nos últimos dias, quase emudecido pelo oba-oba que tomou conta do noticiário e da cidade. Sua infelicidade é flagrante e seu desconforto para emitir opiniões é indisfarçável. Passarinho na muda não canta e Miguelzinho, como bom passarinheiro que é, conhece melhor que ninguém esse ditado.




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